A novela envolvendo a proibição da Rússia de participar de competições internacionais por conta do envolvimento estatal com o apoio ao doping ganhou um novo capítulo nesta quarta-feira, quando o ministro do Esporte do País acusou o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) de extorsão.
Os russos foram impedidos de participar dos Jogos Paralímpicos, em setembro, no Rio, depois que um relatório da Agência Mundial Antidoping (Wada), conhecido como relatório McLaren, mostrou que o governo russo participava de um amplo esquema para incentivar e ao mesmo tempo encobrir casos de doping.
No início da semana, o IPC apresentou uma lista de condições para readmitir a Rússia como apta a participar de eventos internacionais, incluindo os Jogos Paralímpicos de Inverno, em 2018, em Pyeongchang, na Coreia do Sul. Entre essas obrigações aparece o pagamento de uma taxa de 575 mil euros para cobrir “significantes custos resultantes no aumento dos testes” em atletas russos.
Nesta quarta, Mukto disse que as “taxas financeiras são exageradas” e que elas podem ser chamadas de “extorsão”. Ele também reclamou da cobrança da IPC, que pediu que o comitê russo corte seus vínculos com o governo. “Os oficiais do IPC pensam que não existe ninguém acima deles. O que significa que o estado não deve participar da organização? O movimento paralímpico não é nada no mundo sem o suporte governamental”, constatou.