Rússia dá suspensão vitalícia a técnico do atletismo que comandou doping

Um dia depois de a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) acatar a apelação da Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF) e retirar medalhas olímpicas e mundiais de cinco atletas de peso da marcha atlética, a Agência Antidoping da Rússia (Rusada) anunciou nesta sexta-feira a suspensão por toda a vida do técnico da entidade, Viktor Chegin.

Valery Borchin, Sergey Kirdyapkin, Olga Kaniskina, Sergey Bakulin e Vladimir Kanaikin, todos atletas com medalhas em Mundiais e ou Olimpíadas, foram suspensos provisoriamente ao fim de 2012, mas só no ano passado tiveram punições aplicadas. Quando o escândalo estourou, com a Rusada alegando que não tinha recursos para lidar com “a especificidade dos casos de passaporte biológico”, a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) e a IAAF passaram a apertar o cerco contra o atletismo russo.

Agora, a Rusada finalmente decidiu punir Chegin, que seria o mentor do esquema. Mais de uma dezena de atletas treinados por ele foram flagrados em exames antidoping nesta década. Um dos casos mais emblemáticos é de Elena Lashmanova, campeã olímpica em 2012 e mundial em 2013 na marcha atlética de 20km. Ela está suspensa desde 2014.

A suspensão vitalícia a Chegin vem num momento no qual a Rússia tenta demonstrar à Wada e à IAAF que está combatendo o doping, visando revogar a suspensão que impede o país de participar das provas de atletismo dos Jogos Olímpicos do Rio.

MAIS DOPING NA RÚSSIA – Como acontece quase todo dia, também nesta sexta-feira novos casos de doping foram revelados na Rússia. Desta vez são dois atletas de luta, mas da disciplina ‘sambo’, que não é olímpica. Ambos testaram positivo para Meldonium.

Yana Martynova, campeã da Universíade em 2013 nos 400m medley e 24.ª colocada nesta prova nos Jogos Olímpicos de Londres, foi flagrada em exame antidoping antes do Mundial do ano passado e teve sua pena revelada nesta sexta-feira: quatro anos. Ela foi retirada às pressas do Mundial, disputado em Kazan, na Rússia, sob a alegação de lesão.

Já o presidente da Federação Russa de Curling revelou que diversos atletas da seleção russa consumiam Meldonium até o ano passado. Como não se sabe ao certo por quanto tempo a substância permanece no organismo, teme-se que as russas caiam no doping durante o Mundial, que está sendo realizado no Canadá.

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