YOKOHAMA, Japão (AFP) – O técnico da Alemanha, Rudi Voeller, admitiu que sua equipe não conta com grandes estrelas mundiais como o Brasil, com exceção do goleiro Oliver Kahn, mas se manifestou “satisfeito com todos” seus jogadores, a dois dias da final do Mundial-2002. “Oliver Kahn é uma figura de destaque, principalmente no campo de jogo e fora dele. Mas existem outros como Michael Ballack (suspenso para a final), Dietmar Hamann, Miroslav Kloze, Cristoph Merzelder. É difícil deixar algum de fora. Estou satisfeito com todos”, declarou o técnico alemão. Voeller admitiu que, “no que diz respeito às individualidades, o Brasil tem jogadores de renome mundial, sem contar os que ficaram em casa”. Mas reivindicou o valor de seus homens, como Hamann, a quem descreveu como “um jogador que realiza sempre o apoio de que a equipe necessita”. “Ele tem o princípio de “manter-se em ordem”. É um grande estrategista frente à defesa e, à sua maneira, tranqüilo e em voz baixa, mantém o negócio”, explicou. Voeller disse já ter na cabeça a formação que se apresentará frente ao Brasil, e, apesar de não querer revelá-la, afirmou que “não há mistérios”, ao ser consultado sobre a tática que utilizará para neutralizar a equipe brasileira. “Quem sabe o que pode acontecer na final. Os brasileiros sempre foram fiéis ao seu estilo e por isso quase nenhum jogador nos é desconhecido. Já não existem segredos”, declarou o técnico, que destacou que os alemães “suportaram muito bem as exigências físicas depois de seis partidas”. “Antes destas partidas, geralmente durmo melhor que depois. A pressão anterior às duas partidas contra a Ucrânia (de classificação para a fase final do Mundial) foi maior”, revelou. Sobre sua experiência como técnico, assegurou que “melhorou com a prática”, e destacou seus “excelentes colaboradores”, como Michael Skibbe (o técnico oficial, já que Voeller não tem diploma), Erich Rutemoeller (técnico adjunto) e Sepp Maier (técnico de goleiros).
