As férias no Atlético começam no domingo, logo após o jogo contra o Avaí – rodada que encerra o Campeonato Brasileiro. A partir daí, os jogadores terão até dia 6 de janeiro para curtir a família e esquecer do futebol. Ao menos, essa era a ideia até surgir o dever de casa.
Para que os resultados apresentados pela preparação física nesta temporada permitam que 2011 seja um ano ainda melhor na força física, os jogadores terão uma árdua tarefa.
Riva de Carli vai distribuir uma cartilha que eles terão de seguir à risca para não tomarem puxões de orelhas na reapresentação para início dos trabalhos preparatórios para a disputa do Campeonato Paranaense.
Os atletas não gostaram muito da ideia, mas com Riva – apelidado de “sargento” pelo grupo – não tem brincadeira: o jogador tem que entrar no ritmo imposto e, nas férias, todo mundo terá lição de casa.
“Eles já estão falando sobre a pré-temporada, perguntando se vão ter que levantar às 6h e, com certeza, vão sim. Vão ter que trabalhar. E eles já dão aquele sorrisinho amarelo e sabem que vão ter que fazer”, avisou Riva, que disse ainda que também “sofre” com o ritmo acelerado dos trabalhos dado aos atletas.
“Para quem dá o treino também é desgastante. Levar o jogador a 180, 200 batimentos cardíacos todo dia é duro. Eu fico com pena do atleta, mão não posso fazer nada”, disse.
A intenção com a criação da cartilha é dar uma sequência ao bom trabalho desenvolvido nesta temporada, que levou o Furacão a um ano excelente e acima da média no quesito preparação.
No Campeonato Brasileiro, a força física do elenco fez a diferença, com gols marcados na etapa final, fator que ocorreu em 67% das vitórias rubro-negras. Segundo Riva de Carli, o Furacão teve um saldo positivo muito acima de qualquer equipe que disputou a Série A este ano.
Em uma estatística apresentada pelo preparador, nos 20 clubes que fizeram parte da divisão de elite nacional, foram registradas 150 lesões mais graves, que demandam de maior tempo de afastamento dos atletas em toda temporada.
Deste total apenas duas ocorreram com jogadores do Atlético. Paulo Baier ficou dois meses afastado no começo do Paranaense e Maikon Leite ficou cerca de 30 dias fora agora a reta final do Brasileiro.
“Tivemos outras lesões de ordem de trauma que nos prejudicaram, mas de ordem muscular só esses dois casos. Na temporada foram 150 lesões em um universo de 600 jogadores que estavam em equipe da Série A, é muita coisa”, destacou Riva.
