O empate por 2 x 2 com o Fluminense, ontem, na Arena a Baixada, fez o Atlético cair da 6.ª para 7.ª posição e tirou, momentaneamente, o clube do G4. Mesmo assim, beneficiado pelos demais resultados da rodada, o Furacão segue no encalço da vaga pela Libertadores.
O Rubro-Negro foi ajudado pelo empate entre Grêmio e Internacional, pela derrota do Palmeiras para o Corinthians e pelo tropeço do Cruzeiro diante do Atlético-MG.
Assim, o clube segue a sete pontos do líder, que agora é o Flu – mesma distância que tinha na rodada anterior. Porém, a terceira colocação ficou um pouco mais longe. O Corinthians, ao vencer o Palmeiras, ampliou a vantagem para seis pontos.
Por ser uma partida que envolvia o topo da tabela, ela foi truncada e com poucos espaços para as jogadas ofensivas. Começou com os cariocas pressionando, mas sem eficácia. Foi assim durante todo o 1.º tempo.
O Atlético só entrou no jogo na etapa final, quando o técnico Sérgio Soares adiantou Chico e Vítor. Daí, o Rubro-Negro começou a ganhar mais espaço e volume na partida até chegar ao gol.
O placar foi aberto aos 16 minutos do 2.º tempo. Washington, que prometera não comemorar gol contra sua ex-equipe, nem precisou se esforçar muito para cumprir a promessa, quando mandou para as redes de Ricardo Berna a bola levantada por Paulo Baier, fazendo 1 x 0 e sendo ovacionado pelos atleticanos.
Porém, como orienta a Fifa, o gol foi anotado para o capitão atleticano. Nove minutos depois, o Fluminense empatou, com Marquinho, numa falha da defesa. O goleiro Neto não criticou os colegas, mas admitiu que o empate saiu de um problema de marcação.
Com uma postura um pouco melhor, e com mais liberdade no campo adversário, o Furacão recuperou a vantagem fazendo 2 x 1, aos 38 minutos da etapa final. Guerrón e Wagner Diniz fizeram uma boa dupla pela direita.
O equatoriano mandou para o lateral que deixou Nieto na cara do gol. O argentino não aproveitou e Diniz no rebote colocou o Atlético em vantagem de novo.
A torcida já fazia festa quando veio o balde de água fria. O Fluminense empatou aos 42 minutos, em gol de pênalti cometido por Ivan González, que substituiu Branquinho na metade da etapa final.
Foram justamente os pênaltis que mais enfureceram torcida, comissão técnica e jogadores contra o árbitro Wilson Seneme. O maior prejuízo, o Furacão credita à falta cometida sobre Guerrón aos 18 minutos do 2.º tempo.
O equatoriano foi derrubado na entrada a área, muito próximo à linha, mas Seneme mandou o jogo seguir. Outra reclamação foi sobre o número excessivo de faltas marcadas contra o Atlético.
Um dos mais indignados era Sérgio Soares. “Foi um jogo truncado. Foi Brigado. Não tiveram tantas chances de gols para os dois times pela qualidade das equipes. O árbitro interferiu absurdamente impedindo o Atlético de sair vitorioso”, reclamou o técnico.
Ciciro Back |
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Wilson Seneme: para atleticanos, ele teve arbitragem polêmica. |