São Paulo – Nada é tão ruim que não possa piorar. Foi a sensação que teve Rubens Barrichello depois do GP do Bahrein. Antes da corrida, ele desabafou. ?É um fim de semana que nunca tive, nem nos tempos de Fórmula Ford?, disse, antes de entrar no cockpit para, uma hora e meia depois, direcionar melhor as queixas: ?Não adianta trabalhar no carro se o pneu não funciona?.
O brasileiro não foi o único na Ferrari a criticar a borracha da Bridgestone. ?Temos muito a melhorar na resistência do carro, nós e nossos parceiros, especialmente nos pneus?, falou o diretor-geral Jean Todt.
Depois de se esforçar bastante para sair de último no grid para a zona de pontos, chegando a andar em sexto, Rubens viu seu desempenho despencar nas últimas 20 voltas da prova. Ele vinha fazendo tempos na casa de 1min34s e, de repente, passou a andar em 1min38s, até virar em 1min41s na última volta. ?Os pneus acabaram?, resumiu. Perdeu o oitavo lugar para Coulthard a poucos metros da bandeirada.
Mas não foi só isso que afetou Barrichello no Oriente Médio. Na sexta, seu câmbio quebrou após cinco voltas no primeiro treino livre. Não havia peças sobressalentes e a Ferrari mandou buscar um câmbio novo na Itália.
Rubens também se queixou de a Ferrari começar o ano com o carro de 2004. ?Se tivéssemos iniciado com a F2005, a esta altura esses problemas de confiabilidade no equipamento não existiriam.?