Rubens Barrichello fez neste domingo uma corrida consistente no circuito de rua do Anhembi. Ele chegou a ocupar o quarto lugar, mas terminou a etapa de São Paulo apenas na 10ª colocação – e apenas em razão do acidente que envolveu oito pilotos nas voltas finais da corrida. Assim, o piloto brasileiro lamentou a estratégia adotada para a prova paulistana, mas ressaltou que a frustração pelo resultado foi superada pelo apoio que recebeu do público neste fim de semana.
“De todos os anos que corri no Brasil, esse foi o mais emocionante. Pedi para que todos viessem de Interlagos (onde correu por 19 anos na Fórmula 1) para o Anhembi comigo. Quando estava no carro para o desfile com o (o piloto venezuelano Ernesto) Viso e entrei no Sambódromo, foi uma das maiores emoções da minha vida, com aquela gritaria”, contou Rubinho. “Tentaram me enterrar várias vezes, mas estou aqui. Se gostar do oval, vou correr até uns 67 anos. Se não gostar, vou estar aqui no ano que vem.”
Com os sentimentos diferentes vivenciados neste domingo, Rubinho avaliou que a etapa de São Paulo da Fórmula Indy foi “uma tarde cheia de aventura”. Mas, de acordo com o ritmo apresentado, ele esperava terminar a prova em uma posição melhor. “Achei que ia ficar entre os seis primeiros, mas a estratégia me jogou para trás”, comentou.
Rubinho foi prejudicado pela estratégia adotada pela equipe KV, que lhe obrigou a fazer um pit stop nas voltas finais da prova. Ainda aprendendo na sua temporada de estreia na Indy, ele avaliou que a tática adotada é muito mais importante do que em outras categorias. “Aqui, a estratégia é ao menos 30% mais eficiente”, disse o piloto de 39 anos.
“A corrida aqui tem emoção pura do início ao fim. Você nuca não pode ficar contente por estar mais na frente”, afirmou Rubinho. “Uma hora a estratégia vai funcionar para mim. É assim mesmo. Ao menos consegui salvar o 10º lugar com aquelas batidas. Acho que o (o australiano Will) Power ganharia de qualquer jeito, mas acho que estava mais rápido do que muitos que estavam na frente”, lamentou.