Rubinho continua sua artilharia contra Schumacher

São Paulo – Já faz quase um ano que Rubens Barrichello, da Honda, deixou a Ferrari, mas as mágoas que ficaram da passagem pela escuderia ainda não desapareceram.

Um exemplo foi o comentário que o piloto fez sobre a aposentadoria de seu ex-companheiro de equipe, o alemão Michael Schumacher. ?Acho que 50% das pessoas vão se lembrar das coisas ruins que ele fez e 50% vão lembrar das vitórias. Depois, com o tempo, ele deve cair no esquecimento, como é normal com todo esportista que pára de competir?, disse o brasileiro.

Ainda sobre a disputa do título do mundial de pilotos, Rubinho não acredita na possibilidade de o espanhol Fernando Alonso, da Renault, ser tirado da pista, em benefício de Schumacher. ?Se você perguntar para todos os pilotos quem eles preferem como campeão, certamente a maioria vai dizer Alonso. Até pelos méritos do que ele fez este ano?.

Para o piloto da Honda, o alemão ainda tem chances matemáticas de ser campeão, mas na prática é praticamente impossível que Schumacher chegue ao 8.º título da Fórmula 1.

Rubinho admite que suas expectativas para o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 na nova escuderia são mais modestas do que em temporadas anteriores. ?Vencer? Impossível não é, mas improvável?, disse o piloto da Honda. Segundo o brasileiro, suas condições para a corrida não são tão boas quanto as que dispunha na Ferrari, ano passado. ?Mas estou em uma situação melhor do que quando disputei o GP pela Stewart ou a Jordan?, lembrou. A vantagem, segundo ele, é que a pressão sobre seus ombros desta vez é bem menor.

O piloto acha que uma chuva leve no domingo o beneficiaria na corrida, especialmente porque os pneus Bridgestone têm mostrado bom desempenho neste tipo de situação.

Sobre o ano que vem, Rubinho não acredita que começará a temporada sob pressão, uma vez que atualmente está com 28 pontos contra 50 do companheiro de equipe, o inglês Jason Button. ?Em certos momentos da temporada eu tive o mesmo número de pontos do meu colega e ainda sofro com o sistema de tração, muito menos que ele, que depois teve momentos brilhantes?, comentou o brasileiro. Na seqüência, Rubinho fez um desabafo fora de contexto, provavelmente em resposta a pilotos que têm criticado seu desempenho na Honda. ?Principalmente no Grande Prêmio Brasil todo mundo tem o que falar e fala pela culatra?, disse. Questionado sobre quem ou o que estava sendo falado, desconversou. ?Polêmica não é meu nome?.

FIA acaba com 3º carro em 2007

Flavio Gomes

São Paulo – A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) oficializou ontem as mudanças do regulamento da F1 para 2007. A principal delas muda o formato dos treinos livres das sextas-feiras, que passarão a ter duas sessões de 90 minutos, no lugar das duas de uma hora de duração. O uso do terceiro carro está proibido. Mas as equipes poderão usar três pilotos para os dois carros titulares.

Outra medida relevante: na sexta-feira, se um piloto quebrar o motor não perderá posições no grid. Os motores que deverão durar dois GPs serão os usados apenas no sábado e no domingo. A FIA vai homologar os motores usados nas últimas duas etapas deste ano, que terão seu desenvolvimento ?congelado? por quatro temporadas, até o final de 2010.

A quantidade de pneus por fim de semana de GP dobrou: serão 14 jogos, quatro para a sexta-feira e dez para os dois dias seguintes. A Bridgestone, que será a única fornecedora, terá de oferecer dois tipos de pneus para pista seca por GP, um mais macio, outro mais duro e resistente. Os pneus com ranhuras continuarão em vigor. Em 2008, voltam os slicks, lisos.

A regra do safety-car também foi aprimorada. Quando de sua entrada na pista, ninguém pode ir para os boxes antes de alinhar atrás do carro de segurança em fila indiana. E os retardatários que estiverem entre os líderes terão de ultrapassar o safety-car e dar uma volta completa, até chegar ao fundo do pelotão.

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