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Rubens Júnior voltou a vestir
a camisa do Coritiba.

Demorou para Rubens Júnior voltar ao Coritiba – sete anos e mais três horas, o tempo de atraso da apresentação dele no CT da Graciosa (houve mudança nos horários dos exames médicos). Mas o lateral-esquerdo, que assinou contrato de dois anos com o Coxa, estava contente por retornar a uma "casa", segundo seu próprio testemunho. Após seis anos vinculado ao Porto, ele volta em definitivo para o futebol brasileiro.

"Eu estava deixando Portugal para retornar pra casa. Pensei em ir pra São Paulo, ficar perto dos familiares. Mas o convite do Coritiba, que é a minha segunda casa, fez com que eu mudasse de idéia", festeja Rubens, que jogou no Alto da Glória em 1998, quando o time foi sexto colocado no Campeonato Brasileiro. "Daquele tempo, só ficaram o Reginaldo Nascimento e o Flávio, que chegou a ser sondado pelo Porto naquela época", lembra o lateral.

Em Portugal, Rubens Júnior não conseguiu se firmar e acabou emprestado para Atlético-MG e Atlético. Mesmo tendo participado do grupo campeão paranaense de 2001, ele nem considera a passagem como válida. "Eu nem lembro deste período, porque passei dois meses e nem joguei. Só vim porque o Porto pediu para que eu voltasse ao Brasil e jogasse para manter a forma até o final da temporada", revela.

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Em definitivo no Brasil, ele confessa que volta diferente. "Hoje eu tenho trinta anos e a passagem por Portugal me fez aprender muito. Volto mais experiente e com outra mentalidade", garante. Em campo, entretanto, Rubens Júnior não mudou o estilo. "Eu sempre gostei de jogar para o ataque e não alterei esta forma no tempo que eu fiquei por lá. Inclusive, no Porto eu fui mais apoiador que zagueiro, e no Vitória de Guimarães eu era quase um ponta-esquerda", conta.

Mas Rubens diz não ter problemas em voltar a ser um lateral de ofício. "Da forma que me explicaram que o Coritiba joga, eu não teria problemas. No momento em que você sobe ao ataque, há um jogador de meio que faz a cobertura e o retorno para marcar é mais tranqüilo", afirma ele, depois de ouvir dos setoristas do Coxa uma breve explanação sobre o esquema de Antônio Lopes.

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Rubens Júnior, na verdade, não está ainda interessado em forma de jogo ou mudança (ou não) de estilo. A preocupação dele é retornar logo a jogar. "Não treino há vinte dias, mas acho que em duas semanas eu fico pronto", garante ele, que não pensa em vôos mais altos. "Não quero falar de futuro. O meu primeiro objetivo é voltar a jogar e ajudar o Coritiba", completa.

Alexandre será o titular da zaga contra o Paraná

"Eu sabia que iria jogar." Por mais que todos apostassem em Vágner (afinal, ele é considerado o imediato de Flávio), Alexandre acreditava que tinha chances. E não deu outra: o zagueiro é a grande novidade do Coritiba para o clássico de amanhã contra o Paraná, às 16h, no Pinheirão. E ele garante que nada vai mudar na defesa alviverde.

"Eu estava esperando esta oportunidade", garante Alexandre, apesar de que a tendência era a utilização de Vágner – tanto que ele foi chamado pelos repórteres que acompanhavam o Coxa no CT da Graciosa, para dar entrevistas antes do treino de ontem à tarde. "Imaginava que poderia jogar. Não queria que o Flávio se machucasse, mas eu estou aguardando a minha chance", completa o zagueiro.

Ainda mais quando ninguém esperava. Alexandre começou a temporada como titular, no sistema de três zagueiros armado pelo técnico Antônio Lopes. Mas após a renovação de Reginaldo Nascimento, ele acabou sacado. Depois, com a alteração, o zagueiro nem aparecia nos jogos – contra o Rio Branco, nem foi relacionado para a viagem para Paranaguá.

Por isso, ele comprovou ter poderes de "vidente". Desde o início do trabalho, Antônio Lopes o escalou com Miranda. E, no final, o Delegado confirmou a equipe – com Alexandre. "É esta equipe que vocês viram treinando", resume o treinador, que montou o time para o clássico da seguinte forma: Fernando; James, Miranda, Alexandre e Ricardinho; Reginaldo Nascimento, Reginaldo Vital, Luís Carlos Capixaba e Marquinhos; Marciano e Luís Carlos.

É a manutenção do sistema ofensivo usado nas três últimas partidas. E se o esquema permanece, na defesa nada muda. "O Lopes colocou o time da mesma maneira. Lá atrás, é como se o Flávio estivesse jogando", afirma Alexandre. "Trabalhamos para melhorar o que nós estamos fazendo e corrigir as falhas que apresentamos no jogo contra o Rio Branco", completa Antônio Lopes.

A preocupação do treinador está na marcação defensiva (o Delegado quer um time atento às jogadas de Renaldo e Marlon) e principalmente nas conclusões. "Nós temos que acertar lá na frente", diz o centroavante Luís Carlos. Além disso, Lopes exigiu qualidade nas jogadas de linha de fundo.

Outro ponto considerado fundamental por Lopes é a jogada de bola parada – ele sabe que o Paraná tem bons cabeceadores e por isso exige cuidado nas faltas e escanteios defensivos. Ainda mais em um jogo como este, que pode dar a liderança isolada do grupo A. "Em jogos como este, o detalhe decide tudo. E nós estamos prontos", finaliza Marciano.