Rubens Bohlen promete acabar com as lamentações

Com seu nome rotineiramente atrelado às dificuldades financeiras, como atrasos salariais e ameaças de greve, o Paraná Clube pretende, na gestão do presidente Rubens Bohlen, modificar esse perfil. Ele ainda não tem a receita para conseguir essa guinada, mas promete trabalho e um sonoro não às lamentações.

Para exemplificar sua linha de ação, Bohlen – do alto de sua origem germânica – recorre ao escritor e pensador alemão Johann Wolfgang von Goethe. “Hoje, vivemos do passado. E o passado é a causa da nossa ruína”. A citação é uma menção à forma como o Paraná Clube não se programou para a sequência de títulos da década de 1990 e, da mesma forma, não conseguiu conviver com a queda posterior. “O clube não soube se preparar para os momentos de dificuldades. Não adianta só chorar a falta de recursos, mas buscar soluções”.

Na visão de Bohlen, que evita críticas diretas a ex-presidentes, o momento é de arregaçar as mangas e trabalhar. “Não adianta esperar que tudo aconteça ao natural. Chegou a hora de irmos à luta, contando com o apoio de todos, daqueles que gostam do Paraná, do nosso torcedor”, conclama.

Rubens Bohlen, que fomentou a criação do planejamento estratégico que irá nortear as ações do clube nos próximos oito anos, usa um exemplo claro dessa passividade que está enraizada no clube. “O Ninho da Gralha está aí. Mas foi o clube quem buscou a parceria ou foram os investidores que nos procuraram?”, indaga o presidente. “Na minha administração, o caminho será inverso: o Paraná irá atrás das melhores alternativas para resolvermos nossos problemas. Por isso, estamos trabalhando intensamente desde a eleição”, destacou.

Bohlen tem dado expediente diário na sede da Kennedy, mesmo neste período de recesso para as festas de fim de ano. “O que me anima é ver a forma como todos estão assimilando essas ideias e, hoje, trabalhamos com um colegiado, onde cada opinião pesa”. Com essa linha de ação – de diálogo, mas de muita cobrança – é que Rubens Bohlen espera transformar a administração do clube, profissionalizando setores e dando um direcionamento do Tricolor.

Na questão financeira, o primeiro passo, na sua visão, é reverter patrimônio em recursos. Além da Vila Capanema – que poderá receber uma série de shows em 2012 – o presidente também busca alternativas de mercado para dar um direcionamento às subsedes Tarumã e Boqueirão. “O resultado não virá da noite para o dia. Mas jamais irei pecar pela omissão”, arrematou.

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