Indianápolis – Uma nova marmelada garantiu a Rubens Barrichello sua quinta vitória na Fórmula 1, quarta na temporada. O brasileiro ganhou ontem o GP dos EUA, em Indianápolis, numa retribuição de Michael Schumacher ao que ele havia feito pouco mais de quatro meses atrás, na Áustria. Desta vez, a papagaiada da equipe teve menos repercussão, até porque foi uma decisão unilateral do alemão, que liderou quase toda a corrida. A equipe não o orientou a deixar Barrichello venver. Mesmo assim, o público no autódromo americano vaiou a cerimônia de pódio, como haviam feito os austríacos em Zeltweg.
Schumacher esteve na frente em 68 das 73 voltas da corrida, perdendo a ponta apenas nas voltas em que fez suas duas paradas para troca de pneus e reabastecimento, e nos centímetros finais da última passagem. Barrichello, é verdade, manteve-se perto do alemão a corrida toda, com as diferenças oscilando entre 0s2 e 4s, dependendo da quantidade de retardatários que os dois pilotos da Ferrari tinham de passar.
Na última volta, Schumacher tirou o pé. Os dois cruzaram a linha praticamente juntos, separados por apenas 0s011, a menor diferença entre um vencedor e um segundo colocado na história da F-1, desde que a categoria passou a usar milésimos de segundo no seu sistema de cronometragem. A chegada mais apertada da história até então fora a do GP da Espanha de 1986, entre Ayrton Senna e Nigel Mansell, em Jerez.