No mesmo dia em que Nico Hülkenberg confirmou seu adeus à Williams, o time de Grove anunciou ontem que o vínculo com Rubens Barrichello seguirá até 2011. Pela escuderia britânica, o veterano alcançou a marca histórica de 300 GPs em Spa-Francorchamps.
O brasileiro vai disputar em 2011 sua 19ª temporada como piloto de Fórmula 1 e terá ao seu lado um parceiro sul-americano. Rubens será companheiro de equipe do venezuelano Pastor Maldonado.
Frank Williams, dono da equipe que já faturou nove títulos do Mundial de Construtores e sete Mundiais de Pilotos, se mostrou satisfeito com a contribuição de Barrichello para a equipe nesta temporada, e por essa razão, justificou sua renovação por mais um ano.
“Nós contratamos Rubens Barrichello sabendo que ele traria conhecimento técnico, experiência e paixão. Ele fez tudo o que nós poderíamos ter esperado para esta temporada, e estamos felizes por confirmar que ele vai guiar para nós novamente em 2011”, confirmou o britânico.
Rubinho se mostrou entusiasmado com a chance de disputar a 19ª temporada de sua carreira na F-1. O brasileiro também elogiou o campeonato realizado pela equipe inglesa em 2010.
“Estou extremamente feliz por continuar na Williams em 2011, equipe em que encontrei um ambiente incrível”, afirmou o piloto. “Estamos trabalhando muito no carro do ano que vem. E isso me deixa muito entusiasmado”, completou Barrichello.
Desde que estreou na categoria em 1993, no GP da África do Sul, Barrichello soma 11 vitórias, 14 pole-positions e 17 voltas mais rápidas. Nesta temporada, o paulistano terminou na décima colocação no campeonato de pilotos com 47 pontos.
Alemães festejam campeão Vettel; italianos detonam o mico da Ferrari
O título de Sebastian Vettel, conquistado domingo, em Abu Dhabi, foi noticiado pela imprensa mundial de maneiras distintas, mas não tanto como na Alemanha e na Itália.
Enquanto os alemães fizeram a festa, já comparando o jovem da Red Bull com Michael Schumacher, os jornais italianos deixaram transparecer a decepção, dando destaque à estratégia equivocada da Ferrari no pit-stop precipitado de Fernando Alonso.
“Milagre, lágrimas, campeão do mundo! Alemanha completamente Vettel!” é a manchete de página inteira do tabloide “Bild”, o jornal de maior difusão da Europa, com uma tiragem diária que supera os três milhões de exemplares. “É uma loucura absoluta. Após Schumi, Alemanha volta a ter um novo herói da F1: Sebastian Vettel, o mais jovem campeão de todos os tempos”, traz o periódico, que considerou o triunfo do piloto “um pouco de vingança para todos nós”, numa clara referência ao futebol.
“Contra a Itália, pela perda da semifinal da Copa do Mundo de 2006, e contra a Espanha, pela derrota na final da Eurocopa de 2008 e nossa eliminação na Copa de 2010”, relatou o jornal.
O título do “Berliner Zeitung” para a conquista de Vettel foi “A conversão em homem”, ressaltando que o alemão “é o futuro da Fórmula 1 e pode chegar a ser tão popular como foi Michael Schumacher”.
Críticas
Alegria de uns, tristeza de outros. Na Itália, o destaque foi em cima do erro da Ferrari, como relatou o principal veículo esportivo do país, o “La Gazzetta dello Sport”: “Ferrari se equivoca em tudo”. “Houve um erro, um desses que são difíceis de esquecer e de perdoar. A Ferrari se equivocou onde sempre dominou: na estratégia”, frisou o “Gazzetta” em sua análise da corrida.
O jornal lançou também a hipótese de demissão do coordenador-técnico da equipe italiana, Chris Dyer, que teria decidido a estratégia. Para o “Corriere dello Sport”, a “Ferrari fez um haraquiiri” ao eleger uma estratégia equivocada, “quando era necessário apenas manter o quarto lugar” para Alonso. O diário, aliás, isentou o espanhol de culpa, assim como o presidente da escuderia, Luca di Montezemolo.
O “La Repubblica” puxou para o drama vivido pela escuderia com a manchete “O desastre”, fazendo um resumo de todos os erros e incidentes da Ferrari nesta temporada.
Tchau, Hulk
Nico Hülkenberg falou pela primeira vez sobre sua saída da Williams depois do GP de Abu Dhabi, que encerrou a temporada 2010 da F-1. O alemão afirmou que seria muito bom permanecer com a equipe, mas que desejava o melhor para a escuderia inglesa. “Eu lamento muito isso”, declarou Hülkenberg em nota.