Rubens Barrichello reclama de privilégios

Horas depois de encerrado o GP da Espanha, Rubens Barrichello reuniu-se com Ross Brawn, seu chefe. Saiu com a cara fechada. Disse que se suspeitar que a equipe fez alguma coisa para ajudar Jenson Button a vencer a corrida, “pendura as chuteiras’.

Antes, na entrevista coletiva depois da prova de Barcelona, lançou ele mesmo as suspeitas. “Estou tentando entender o que aconteceu. Mas já digo que não aceito mais ordens de equipe. Estou falando claramente para todos saberem disso”.

A pulga atrás da orelha do brasileiro foi a mudança de estratégia do inglês. Os dois pilotos largaram com a tática de três paradas nos boxes. “Nas nossas simulações, seríamos mais rápidos assim”, falou Button. Mas ele largou mal. Rubens assumiu a liderança.

“Eu tinha duas voltas a mais do que ele para fazer minha parada. Mas o safety-car salvou Jenson porque não pude abrir uma boa distância”, falou Rubens, referindo-se à entrada do carro de segurança por conta de um acidente múltiplo na largada.

Foram cinco voltas em ritmo lento, até a relargada. Na volta 18, Button parou. Na 19, Barrichello foi aos boxes. O pit stop de Jenson foi mais demorado que o do companheiro.

“Naquela hora assumimos o plano B e resolvemos ficar com duas paradas, porque temíamos que o Massa nos ultrapassasse”, explicou o britânico. O plano inicial de Rubens foi mantido. “Hoje foi mais a gente perdendo do que ele ganhando”, continuou Barrichello. “Mas não vou ficar aqui chorando. Estou sob pressão, porque ele ganhou quatro corridas e eu ainda não ganhei nada. Todo mundo quer ganhar, mas eu preciso contar com apoio”, seguiu o brasileiro.

O clima ficou pesado na Brawn, o time-sensação da temporada. Button era só sorrisos, claro. Foi a 41 pontos, contra 27 do brasileiro, segundo colocado, e festejou sua quarta vitória no ano.

Rubens, como nos tempos de Ferrari, lança suspeitas no ar para logo depois dizer que não suspeita de ninguém. Filme já visto. Que terminou, no passado, com o companheiro ganhando títulos – foram cinco para Schumacher, nos seis anos de parceria com Barrichello. E com ele construindo, sozinho, a fama de chorão.

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