Rubens Barrichello começa a construir, no próximo final de semana, durante o Grande Prêmio de São Petersburgo (EUA) de Fórmula Indy, mais uma tentativa de realizar um antigo sonho: vencer no Brasil em uma categoria de ponta. Em sua carreira na Fórmula 1, Rubinho chegou perto do feito algumas vezes, mas até hoje o sonho de subir no alto do pódio e emocionar-se com a torcida brasileira continua não realizado. A estreia na Indy no próximo domingo e as outras três corridas antes da Itaipava São Paulo Indy 300 Nestlé servirão de preparação para uma possível conquista no Brasil. E, novamente, Barrichello será o centro das atenções de grande parte do público brasileiro aficionado pelas corridas. Tanto a estreia de Barrichello na categoria no próximo domingo quanto a Itaipava São Paulo Indy 300 Nestlé no dia 29 de abril serão transmitidas ao vivo pela Band e Bandsports. A transmissão da primeira etapa do ano começa às 13h30.
As maiores esperanças de Rubinho recaem sobre a nova situação da categoria. A Indy vive um clima de expectativa. Com um novo carro – equipado com freios de carbono, nos quais ele se tornou especialista na F1 -, a entrada de três fornecedores de um motor que também é um projeto totalmente novo, a Fórmula Indy tornou-se um campeonato no qual a relação de forças ainda vai se estabelecer. Nesse contexto, Barrichello se vale de sua grande experiência, de sua velocidade e também de um conhecimento técnico e o reconhecido talento para acertar carros que podem fazer a diferença.
Uma missão para Rubinho
Em 2011, sua equipe, a KV Racing, não obteve vitórias. Os melhores resultados foram o segundo lugar de Tony Kanaan em Iowa e dois terceiros, também do piloto brasileiro, em São Petersburgo e Baltimore, além da pole position em Las Vegas. Também pela KV, o japonês Takuma Sato foi pole em Edmonton e Iowa. Barrichello chegou com a missão de melhorar esse cenário.
No GP brasileiro da Fórmula 1, Rubinho viveu momentos de grande frustração. Foi pole três vezes (2003, 2004 e 2009) e seu melhor resultado foi em 2004, quando subiu ao pódio na terceira posição. Em 2003, viveu um drama: na volta 45, Barrichello, pela Ferrari, assumiu a ponta ao ultrapassar o McLaren de David Coulthard, levantando a arquibancada. Mas, duas voltas depois, abandonou por pane seca. A vitória foi de Giancarlo Fisichella (equipe Jordan). Em 19 GPs do Brasil de Fórmula 1, Rubinho abandonou 11, sendo nove consecutivos (1995 a 2003).
No dia 29 de abril, no Circuito do Anhembi e diante cerca de 40 mil torcedores, Rubens Barrichello terá outra chance de realizar este antigo sonho.