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Rose Volante, Yamaguchi e Esquiva recolocam o boxe brasileiro em evidência

O pugilista baiano Acelino Popó Freitas, tetracampeão mundial, teve seu auge no esporte há mais de uma década. Junto com o fim da carreira de Popó, o interesse do torcedor pelo boxe brasileiro também diminuiu. Mas a nobre arte nacional está de volta. Sinal disso é que os melhores atletas do País têm o talento reconhecido por campeões mundiais e pelos mais importantes meios de comunicação dos Estados Unidos e da Europa.

Rose Volante e os irmãos Esquiva Falcão e Yamaguchi Falcão são os responsáveis pelo ressurgimento do boxe nacional. Todas as suas lutas são transmitidas por canais esportivos por assinatura e seus resultados dentro dos ringues os colocam em condições de realizar grandes duelos nos maiores eventos pelo mundo.

“Quero todos os títulos mundiais. Para isso, preciso enfrentar e vencer a brasileira Rose Volanté”, disse a irlandesa Katie Taylor, campeã mundial dos pesos leves pela Associação Mundial e Federação Internacional de Boxe. Rose é a dona do cinturão da Organização Mundial de Boxe. “Tivemos um primeiro contato, mas essa luta só nos interessa para o ano que vem”, afirmou Felipe Moledas, técnico da pugilista brasileira, que defenderá o seu título pela segunda vez em setembro.

Rose tem 35 anos, é patrocinada pela Memorial e detém o cinturão desde dezembro do ano passado, quando venceu, por pontos, a argentina Brenda Carabajal, em luta disputada no país vizinho. A brasileira soma 13 vitórias, com sete nocautes, e está invicta.

EM FAMÍLIA – Os irmãos Falcão são patrocinados por empresas norte-americanas. Esquiva, de 28 anos, tem contrato com a Top Rank, do conhecido empresário Bob Arum. Ele venceu pela 21.ª vez como lutador profissional no sábado passado, com nocaute no primeiro assalto, e tem a promessa dos organizadores de um combate com o japonês Ryota Murata, campeão pela Associação Mundial de Boxe. A luta deve ser marcada para o primeiro trimestre de 2019.

Esquiva e Murata disputaram a final olímpica em Londres-2012 e o oriental ficou com a medalha de ouro, após uma decisão por pontos e muito discutida – há quem diga que o brasileiro foi o vencedor. Ele não tem derrota no cartel e está em nono lugar no ranking da AMB.

Yamaguchi, bronze na Olimpíada de Londres, também é peso médio e ocupa o nono lugar, mas do Conselho Mundial de Boxe. Com contrato com a Golden Boy Promotions, de Oscar De La Hoya, fez sua última luta no dia 21, quando venceu o mexicano Elias Espadas, por pontos. Com mais uma vitória diante de um rival ranqueado, a chance de disputar o título mundial cada vez se torna mais real. Yamaguchi teve o duelo com o ex-campeão Demetrius Andrade cancelado, pois o boxeador norte-americano rompeu contrato com seu empresário.

Mesmo sem apoio de patrocinadores nacionais e com poucos eventos organizados no País, o boxe sobrevive a mais uma “queda” e, no que depender desses três grandes representantes, está pronto para retornar a seus tempos de glória.

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