Ronaldo e Zidane serão o centro das atenções no sábado

Bergisch Gladbach – Ronaldo e Zidane têm muito em comum, além do status de estrelas de primeira grandeza no futebol. Ambos já conquistaram título mundial, foram eleitos três vezes melhores do ano pela Fifa, enfrentaram contusões, são amigos, dividiram espaço no Real Madrid. Os dois também há muito tempo atuam como pontos de referência em suas seleções e se bateram na final da Copa de 98, em Paris. Por justiça, pela história e como homenagem ao talento se transformam no centro de atenção do duelo que Brasil e França fazem no sábado em Frankfurt.

O mundo estará de olho no confronto desses astros, embora cada lado tenha suas alternativas de decisão. Os pentacampeões podem recorrer a Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Robinho, quem sabe Adriano; os gauleses contam com Vieira, Trezeguet, Henry, o jovem Ribéry. Mas não há como driblar o fascínio de ver em lados opostos craques que atuaram juntos desde 2002, no Real. O verbo atuar fica no passado, porque Zidane, 34 anos, já largou o clube espanhol e anunciou que pendura as chuteiras e curtirá a vida assim que terminar a participação dos ?Bleus? na Alemanha.

?Agora, a manchete é Zidane contra o Ronaldo, inteiro?, avisou Zagallo. O coordenador-técnico da seleção ressaltou o ?inteiro?, como contraponto ao que aconteceu em 12 de julho de 98. O episódio mais controvertido em 76 anos de seleção em Copas apontou Ronaldo como pivô. Ronaldo, 30 anos em setembro, e Zidane vivem momento semelhante.

Os dois amargaram temporada ruim na Espanha, já que o Real passou em branco pelo terceiro ano consecutivo, trocou de presidente e não sabe que rumo tomará a partir de julho.

Também chegaram meio desacreditados à Alemanha.

Com 15 gols, três nos dois últimos jogos, Ronaldo é o maior artilheiro da história da competição. ?Meu objetivo não era bater recordes?, reafirmou Ronaldo. ?Mas é agradável quando eles vêm e fico feliz?, admitiu. ?Mais feliz vou ficar com o título?. Zidane ressurgiu com tudo, com atuação de gala e gol que marcou nos 3 a 1 sobre a Espanha, nas oitavas-de-final. ?Zidane é extraordinário?, elogiou Raymond Domenech. ?Jogou muito, comandou o time?, frisou o treinador que conseguiu convencê-lo a voltar para a seleção francesa, depois de abandoná-la assim que saiu da Euro-2004. ?Ele não tem idade ainda para parar de jogar futebol?.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo