A chapa de Ronaldinho Gaúcho esquentou no Barcelona. Embaixador oficial do clube, o ex-jogador se pronunciou favorável ao candidato à presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, e acabou tomando um puxão de orelha da cúpula da equipe catalã. A bronca se estendeu a outro ex-atleta do clube, o também embaixador Rivaldo, que seguiu o exemplo do colega de seleção e apoiou publicamente o político.
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Em nota oficial, o porta-voz do Barça, Josef Vives, foi enfático. “É evidente que nós defendemos valores democráticos que não estão de acordo com as ideias e os pronunciamentos deste candidato à presidência do Brasil. Mas por sermos um clube democrático, respeitamos as opiniões mesmo que sejam contrárias às nossas. O clube respeita a liberdade de expressão de todo o mundo”. No entanto, reforçou que os valores xenófobos e homofóbicos de Bolsonaro estão em desacordo com os valores do clube e que, apesar de não romper relações com Ronaldinho, o Barça vai observar atenciosamente a evolução do caso para tomar as decisões que julgue necessárias.
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O caso ganhou a atenção da imprensa espanhola. O jornal da Catalunha Sport publicou reportagem, na qual, entre outras coisas, acusa Bolsonaro de difundir “homofobia, misoginia e racismo ao longo dos mais de 30 anos de carreira política”. Tal posicionamento, segundo o periódico, é contrário à ótica do clube catalão, um dos que têm se mostrado contrário ao candidato. O fato de Ronaldinho representar a marca do time no âmbito mundial causou o mal-estar e, de acordo com o jornal, deve deixá-lo de molho nos próximos jogos dos Legends, equipe que costuma se apresentar em grandes eventos de divulgação do Barcelona.