Königstein – Ronaldinho Gaúcho segue firme na trilha de transformar-se em líder da seleção, assim como Cafu, Roberto Carlos e Emerson. O melhor do mundo em 2004 e 2005 deu prova de boa vontade e generosidade ao afirmar ontem que abre mão de ser o destaque da companhia, em nome da evolução do time. O craque do Barcelona admitiu, ainda, que a satisfação por um passe impecável, que resulte em gol, é intensa como se ele tivesse feito a finalização.
?Para mim, atuação perfeita é quando eu marco e dou assistências na mesma partida?, revelou o astro, que tem andado um pouco à sombra, nos últimos dias, por conta dos holofotes voltados para Ronaldo e seus problemas.
Desde a volta de Berlim, depois do 1 a 0 contra os croatas, Ronaldinho ficou meio à parte, passou batido pelas sabatinas das zonas mistas como são chamadas as tumultuadas entrevistas para a imprensa internacional. Na quarta-feira, ficou na concentração, na quinta desviou do batalhão de repórteres, mas ontem, enfim, distribuiu o jogo, mais do que na estréia no mesmo palco da final da Copa.
Escorregadio
?Não comecei nem bem nem mal?, foi a forma escorregadia que encontrou para analisar seu desempenho no Estádio Olímpico. ?Sei que posso render mais, como todo o time, e é para isso que estamos aqui?, afirmou, com os olhos voltados ao interlocutor.
A marcação, a tensão da estréia, a falta de movimentação do quarteto foram alguns dos entraves que não conseguiu superar como pretendia. ?Não é fácil jogar contra um time que tem oito atrás da linha da bola?, ponderou. ?Num espaço de 50 metros, ficam concentrados 20 jogadores.?