Romulo, paranaense, é esperança brasileira na São Silvestre

A maior esperança de nova vitória brasileira na São Silvestre é o paranaense Rômulo Wagner da Silva, de 27 anos. Segundo no ano passado, Rômulo disputou só duas provas em 2004: foi 3.º na Maratona de Roterdã, na Holanda, e, em agosto, abandonou a Maratona Olímpica em Atenas no 25.º quilômetro, em razão do calor. Desde então, se dedicou totalmente à corrida desta tarde.

"No ano passado, corri acanhado, com um pouco de receio. Foi uma corrida cômoda nos 12 primeiros quilômetros e poderia ter saído um pouco mais forte. Agora não, vou meter a cara. Estou tranqüilo e pensando só em ganhar", diz o atleta de 1,81m e 64 quilos.

A preparação, segundo ele mais bem feita que em 2003, foi na cidade colombiana de Paipa, a 2.600 metros de altitude. "Para brigar de igual para igual com os quenianos, a única saída é treinar na altitude", afirma Rômulo. Os treinos na Colômbia, que duraram quase três meses, eram duas vezes ao dia, sete dias por semana. "Corri cerca de 180 quilômetros por semana. Treinar na altitude aumenta muito a hemoglobina do sangue, o que diminui o desgaste físico durante a prova."

A preparação em Paipa foi feita por Rômulo pela primeira vez em 2003 e o resultado foi que o atleta saltou da sétima colocação na São Silvestre de 2002 para a segunda no ano passado. Contente, Rômulo indicou o método para Vanderlei Cordeiro de Lima. Resultado: medalha de bronze em Atenas.

Além de Rômulo, outros brasileiros cotados são Paulo Alves dos Santos, Genílson Júnio da Silva, vencedor da Maratona de São Paulo em 2003, e Paulo Vítor Lunkes. A briga com a legião queniana promete ser boa. "Quando tinha o Paul Tergat era uma coisa. Agora, vários corredores têm condições de chegar em primeiro", diz Rômulo.

"Acredito que o ritmo no início vai ser mais forte. No ano passado, os quenianos não acreditavam numa dobradinha brasileira", diz ele, que já enfrentou diversas vezes os quenianos Robert Cheruiyot e John Gwaco. "Sei do potencial deles. Não vou tentar sair na frente, vou tentar seguir o grupo dos africanos. Aí tudo se decide na subida da Brigadeiro."

Rômulo se diz preparado para baixar seu tempo de 2003 (43min57). "Com tempo fresco, será na casa dos 43min. Mas, com muito calor, deve ser perto dos 44min30", afirma. "Mas não ligo muito para o clima. Se tiver preparado para vencer, pode chover canivete que vou bem."

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