A torcida do América-RJ jamais vai esquecer a noite desta quarta-feira, no Estádio Giulite Coutinho, na Baixada Fluminense. O time venceu o Artsul por 2 a 0 (gols do zagueiro Ciro), se sagrou campeão da Série B do Campeonato Carioca e teve a volta olímpica comandada por Romário que, aos 43 anos, voltou a participar de um jogo oficial.

continua após a publicidade

Romário jogou pela última vez em 2007, ainda no Vasco. Atualmente, é gerente de Futebol do América e só entrou em campo para cumprir a promessa feita ao pai Edevair, que morreu no ano passado e tinha o sonho de ver o filho com a camisa rubra. “Desde que se foi, ele está no meu pensamento e conversamos sempre”, disse o Baixinho, emocionado.

Romário nunca gostou de ficar no banco de reserva e isso não é novidade. Mas nesta quarta ele nem esquentou. Vestiu uma capa de chuva e pôs uma toalha no colo para enfrentar o mau tempo e se sentou ao lado da comissão técnica e dos suplentes. Estava tenso. Só relaxou – e vibrou muito – quando o América fez 1 a 0, gol do zagueiro Ciro, ainda na primeira etapa.

O coro de “olê, lê, olá, lá, Romário vem aí e o bicho vai pegar”, vindo das arquibancadas, se intensificava. O momento tão aguardado chegara: o atacante dá um pique, acena para os torcedores e se posiciona para entrar em campo. Eram 20 minutos do segundo tempo. Ele pisa no gramado, recebe um abraço caloroso da Tia Ruth, torcedora símbolo do América, e põe a braçadeira de capitão.

continua após a publicidade

Romário atuou por 27 minutos. Como se esperava, ele tocou poucas vezes na bola, fez um lançamento perfeito e finalizou duas vezes – numa, tentou encobrir o goleiro; na outra, carimbou o zagueiro.

“Hoje, prometo que não vou chorar. Estou emocionado, feliz”, disse Romário, após o apito final. “Vou guardar esse momento para sempre”. O América não conquistava um título desde 1982, quando ganhou a Copa dos Campeões.

continua após a publicidade