Rio – Na véspera do Dia dos Pais, o atacante Romário foi detido por não pagar a pensão alimentícia para os dois filhos do seu primeiro casamento, com Mônica Santoro, Moniquinha e Romarinho. O jogador do Fluminense foi levado para a 16.ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca), na zona oeste do Rio, por oficiais de Justiça, com ajuda de policiais militares. Ele foi liberado às 17h35 e saiu pelos fundos num Audi A3 prata, sem dar declarações à imprensa, após permanecer por pouco mais de cinco horas no local.
Romário comprovou à Justiça o depósito de pensão alimentícia no valor de R$ 53.304,08. “Considerando que efetuou o pagamento, ainda que com relativo atraso (…) decido por relaxar a prisão do requerente”, escreveu na sentença o juiz da 5.ª Vara de Família, José Guilherme Vasi Werner. O pagamento foi feito numa conta do Banco do Brasil, em conta cujo titular não foi revelado pela Justiça, na última quinta-feira, um dia após a emissão da ordem de prisão por 30 dias do jogador.
Romário chegou à delegacia às 13h20 e prestou depoimento durante mais de uma hora no setor de cartório. “Tudo isso é um carnaval. Ele não devia pensão, mas uma correção do índice, que já foi depositado”, revelou o advogado do jogador, Júlio Leitão.
Outro advogado de Romário, Michel Assef, disse que o atacante não poderia ter sido preso porque o desembargador Luiz Leite, da 6.ª Câmara Criminal, havia lhe concedido um salvo-conduto, que o livrava de prisão por atraso de pensão alimentícia.
Pai de cinco crianças – Moniquinha, Romarinho, Daniellinha, Isabelinha e Raphael – e esperando o sexto filho, Romário vive às voltas com a Varas de Família há alguns anos. Mônica Santoro já moveu quatro ações contra o jogador. Raphael só foi reconhecido depois que a modelo Edna Velho obteve na Justiça o exame de DNA – ela pede R$ 10 mil mensais de pensão. Por duas outras vezes, o atacante foi ameaçado de prisão ao voltar de viagens, em junho e dezembro de 2002.