Roman diz que arbitragem no Estado está em alta

“A arbitragem do Paraná está em estado de graça.” A frase pode parecer surpreendente e exagerada, mas parte de uma das poucas unanimidades do futebol do Estado.

O árbitro Evandro Rogério Roman, um dos três paranaenses no quadro da Fifa, garante que o atual estágio da categoria é o melhor em muito tempo. Autor de denúncias que ajudaram a elucidar o “Caso Bruxo”, que apresentou as vísceras do futebol paranaense, hoje Roman prefere a tranqüilidade e tenta evitar as polêmicas, preferindo valorizar seus colegas.

Evandro esteve em Curitiba no último final de semana, para reuniões de trabalho (ele cria projetos de esporte amador, além de ser coordenador do curso de Educação Física de uma universidade particular em Cascavel) e para ser entrevistado pelo programa Mesa Redonda, da TV Transamérica. Ele está empolgado com o trabalho de seus companheiros. “Acho que é o melhor momento da arbitragem paranaense nos últimos anos”, reitera.

Segundo Evandro Roman, isto acontece pela renovação da classe. “Há alguns anos, os jovens profissionais não tinham o preparo necessário para apitar. E acabavam sendo queimados, entrando em jogos complicados. Agora, há a preocupação de formar os árbitros e assim surgem bons valores”, explica o árbitro Fifa, que elogia o trabalho da atual Comissão de Arbitragem da Federação Paranaense de Futebol.

“O Afonso (Vítor de Oliveira, presidente da CA-FPF) se preparou para chegar a este momento da carreira”. Um sinal de melhora na credibilidade da arbitragem é o inédito patrocínio aos árbitros.

Outro sinal foi lembrado por Roman – um fato que passou despercebido pela imprensa local. “Eu não li em lugar nenhum que o Roberto Braatz, assistente aqui do Paraná, é um dos indicados para trabalhar na Copa do Mundo de 2010. Ele foi chamado pelo (Carlos Eugênio) Simon e se eles forem aprovados nos testes físicos, vão para a África do Sul”, afirma o árbitro, que torce para o companheiro.

“Nós temos que valorizar nossas qualidades. Quando a crítica for necessária, tudo bem. Mas esquecemos do que há de bom no Paraná por causa de outros centros”, critica.

E é por esse espírito “corporativista’ que Evandro Rogério Roman esperava ver um paranaense entre os três melhores árbitros do último Campeonato Brasileiro. Ele? Não.

“Pelo campeonato que fez e pelo árbitro que é, o Héber Roberto Lopes tinha que estar no prêmio do Brasileiro. Para mim, ele foi o melhor do ano”, comenta. Para o próprio Evandro, nenhum desejo mais próximo.

“Eu quero que as coisas aconteçam naturalmente. Imaginei que entraria para o quadro da Fifa cedo, mas foi melhor que isso aconteceu depois. Estou mais maduro e tenho certeza que tudo está encaminhado”, finaliza.

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