Foto: Lucimar do Carmo/Tribuna |
Zagueiro chega para arrumar a cozinha rubro-negra, que foi um fiasco em 2006. |
Mais maduro, mais sereno, e ainda ambicioso, Rogério Corrêa volta para casa. Dois anos depois de deixar a Baixada, o campeão brasileiro de 2001 acertou seu retorno ao Atlético assumindo duas missões: liderar o time e consertar a cozinha na temporada 2007.
Aos 27 anos, Rogério volta após uma temporada e meia no Goiás, que o contratou por empréstimo na seqüência de um período de seis meses no Shimizu S-Pulse, do Japão. No Oriente, o beque conviveu com uma lesão muscular que o deixou dois meses no estaleiro e não conseguiu se firmar.
No alviverde goiano, Rogério resgatou a boa fase dos tempos de Atlético. ?Foi um período muito bom. Amanhã (hoje) vou me despedir da diretoria do Goiás, que queria que eu ficasse?, falou Rogério, que passa férias em Goiânia, cidade onde nasceu.
O zagueiro tem contrato até dezembro de 2008 com o Furacão.
Como o Atlético não aceitou a tentativa goiana de renovação do empréstimo, Rogério chega em 3 de janeiro para comandar o setor mais crítico do Furacão em 2006. Nenhum dos beques do atual elenco foi unanimidade ao longo da temporada – nem mesmo Danilo, o mais destacado deles, porém inconstante.
Não por acaso o Rubro-Negro teve a quarta pior defesa do Brasileirão, à frente apenas de Palmeiras, Ponte Preta e Santa Cruz, e o miolo de zaga foi escolhido por 41,2% dos internautas como o setor mais carente do time em 2006, em recente enquete do sítio furacão.com. A bola aérea, em especial, foi o tormento dos rubro-negros no ano. ?Soube da boa recepção da torcida pela minha volta e a do Marcão (ainda indefinida). Fico contente, até porque o jogo aéreo sempre foi meu ponto forte. O ano não foi bom para o Atlético, mas é outro time e espero que a defesa possa melhorar?, falou.
No retorno, o único remanescente entre os titulares do timaço de 2001 promete mais serenidade. Em sua primeira passagem pelo clube, envolveu-se em algumas polêmicas, como o choque com setores da imprensa após insinuações de mau comportamento extracampo.
?A cada ano aprendemos a cortar caminhos, viver em grupo e conversar com as pessoas. Serei bastante cobrado, mas estou mais tranqüilo e centrado.? Só as ambições continuam ousadas. ?Vencer o Paranaense é obrigação. Das outras três competições, temos que ganhar no mínimo uma. Não se pode esperar menos do Atlético?, dispara.