Quito – As eleições de abril, que vão definir o presidente do São Paulo para os próximos dois anos, motivaram a diretoria a renovar antecipadamente o contrato do goleiro Rogério Ceni, que terminaria apenas em julho. O novo vínculo, já acertado, tem validade até julho de 2008 e garante ao atleta, de 30 anos, a manutenção do maior salário do elenco – cerca de R$ 180 mil mensais.

Os dirigentes não tinham pressa em fechar acordo com Rogério, mas acharam melhor adiantar as negociações. E motivos não faltaram. A permanência do goleiro no clube vai, seguramente, aumentar a cotação do presidente Marcelo Portugal Gouvêa, que concorrerá à reeleição e terá como adversário Paulo Amaral. Rogério tem prestígio no Morumbi, onde joga há 13 anos, e vive excelente fase. Foi um dos destaques na campanha do Brasileiro de 2003, que classificou o time para a Taça Libertadores, e iniciou bem a atual temporada. “É um grande jogador e exerce uma liderança importante”, analisou Gouvêa.

“Chorei de emoção pela forma como fui tratado”, contou Rogério, o quarto jogador que mais vezes atuou com a camisa tricolor. “Espero ainda fazer outros contratos e encerrar a carreira no São Paulo”, acrescentou ele, que já manifestou o desejo de ser, um dia, presidente do clube.

A diretoria resolveu, também, com a renovação, dar um prêmio ao atleta pelos bons serviços prestados e garantir a ele um bom futuro, mesmo que haja troca no comando do clube. Rogério e Paulo Amaral não têm bom relacionamento – desentenderam-se em julho de 2001 – e, por isso, uma vitória de Amaral no pleito de abril poderia prejudicar a situação do goleiro no São Paulo. Com o novo vínculo, o dirigente não terá como se desfazer de Rogério a não ser que pague elevada multa.

Política

Gouvêa está otimista em relação à possibilidade de se reeleger. Suas chances cresceram com o rompimento entre Amaral e Marcelo Martines. Amaral terá como vice Márcio Malamud. Apesar do desentendimento com Martines, o candidato da oposição também mostra confiança e acredita que pode tirar Gouvêa do trono.

Paralelamente à campanha, o presidente são-paulino, que acompanhou a delegação são-paulina no Equador, busca mais um volante para reforçar a equipe, a pedido do técnico Cuca. O treinador conta, hoje, apenas com Adriano como opção para o banco.

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