Rogério Ceni desperta ?instinto artilheiro?

São Paulo – Rogério Ceni tem servido de exemplo a muitos goleiros e acaba de descobrir que tem pelo dois seguidores bem dedicados: Zé Carlos, goleiro do Criciúma, e Tiago, que defende a Portuguesa. ?O Rogério é brincadeira, tem uma categoria enorme, é perfeito?, elogia Zé Carlos, de 21 anos.

Sua façanha foi ter marcado o primeiro gol como profissional na goleada do Criciúma, por 6 a 0, sobre o Vitória. ?Comecei a bater faltas por causa do Rogério, sim.? Tiago, de 23 anos, pela Portuguesa, reforça: ?Eu treino faltas sempre. Lógico que ele (Ceni) dá uma inspiração?, diz Tiago.

Os dois aproveitam a fama. E esperam seguir o caminho do ídolo são-paulino. Não foi difícil de explicar o interesse do goleiro do Criciúma pelas cobranças de falta. ?Antes de ser goleiro eu já fui jogador de linha. Era centroavante. Eu batia faltas. Quando vi Rogério batendo, pensei comigo que não custava nada tentar. Aí fui?, conta Zé Carlos.

Ele não esconde a admiração por Rogério Ceni. ?Sem dúvida é o que cobra melhor faltas no Brasil. O cara é excepcional. O Rogério não tem comparação. Nos últimos anos, o Marcelinho (Carioca) era quem mais se destacava, agora o Rogério passou.?

Zé Carlos agradece a chance que recebeu de seu treinador, Guilherme Macuglia. ?Para você bater faltas, tem de ser autorizado pelo treinador. Eu não estava tendo o aval de alguns técnicos. No ano passado, com o Barbieri, eu batia faltas. Depois, com o Edson Gaúcho, também. Mas depois que o professor (Guilherme Macuglia) veio ele optou por outros jogadores?, diz o goleiro. ?Mas contra o Vitória o jogo estava ganho e ele atendeu o pedido da torcida e me deixou bater.?

Com Tiago a coisa foi parecida. De tanto treinar com os cobradores oficiais da Portuguesa, Cléber e Alex Alves, ele ganhou a confiança do grupo. ?Contra o Sport eu fui até lá. O Rogério (atacante) disse que era para eu bater, o Preto (meia) estava com a bola. Eu fui e bati. Quando ela bateu na trave, fiquei olhando pra ver se alguém pegava o rebote e esqueci de voltar para o gol. Eu já tinha experiências no juvenil. Uma vez marquei em um amistoso do Corinthians contra o Mogi Mirim.?

Ambos treinam muito. ?Eu bato umas 50, 60 faltas nos treinamentos?, revela Zé Carlos. ?Eu treino até cansar, sinceramente não sei quantas. Eu chuto. Se umas três batidas seguidas forem para fora significa que a minha perna está cansada, aí eu paro?, completa Tiago.

Apesar de toda a admiração por Rogério Ceni, é Hélton, ex-goleiro do Vasco e atualmente no Porto, de Portugal, quem serve de exemplo a Zé Carlos debaixo das traves. ?Me inspirava nele. Nas saídas de gol, nas defesas.?

O próprio goleiro da Portuguesa já foi vítima dos gols de Rogério Ceni. Ano passado estava no gol do Corinthians na goleada sofrida para o São Paulo, por 5×1, no primeiro turno do brasileiro – levou um gol de pênalti e depois defendeu, parcialmente, uma falta de Ceni que acabou em gol de Luizão.

Agora, os dois goleiros se preparam para vôos mais altos. Para, quem sabe, um dia seguir a trilha de Rogério Ceni. Inspiração não vai faltar.

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