O Palmeiras versão 2018 vai estrear nesta quinta-feira, contra o Santo André, pelo Campeonato Paulista, com diferenças no estilo, preparação e proposta de futebol. Durante a pré-temporada de 15 dias, o técnico Roger Machado buscou mostrar ao elenco a sua ideia de jogo, que tem componentes bem diferentes aos dos seus antecessores no cargo.
O time de Roger deve ser diferente das equipes montadas por Cuca e Alberto Valentim. Se em 2017 o Palmeiras priorizava o jogo veloz para chegar ao ataque, o estilo atual tem tudo para ser o oposto. As chegadas de Lucas Lima e Gustavo Scarpa demonstram a vontade do clube em ter uma equipe de posse de bola, cadência e troca de passes para avançar rumo ao gol adversário.
A formação também evidencia uma grande mudança, não só pela presença de reforços recém-contratados, mas também pelo aproveitamento de jogadores que não tiveram espaço com os treinadores anteriores. Na estreia desta quinta, por exemplo, a zaga pode ter como titulares Antônio Carlos e Thiago Martins, dupla que não foi utilizada por Cuca e Valentim. Se não fosse por pedido de Roger, os dois não seguiriam no clube em 2018.
No primeiro jogo do Estadual, toda a linha defensiva, assim como o goleiro – Weverton – será de jogadores que não atuavam pelo Palmeiras em 2017. Por outro lado, quem estava em alta com os dois técnicos anteriores, perdeu espaço. Os zagueiros Luan e Juninho tiveram sequência no ano passado sob o comando de Cuca e Valentim, assim como o atacante Deyverson. Os três agora perderam espaço e não treinaram como titulares nos últimos dias.
O novo estilo de Roger terá outra diferença em comparação a Valentim. O antigo interino, que dirigiu o time nos jogos finais do Campeonato Brasileiro do ano passado, gostava de posicionar a defesa com a linha avançada, próxima ao meio-campo. O início do trabalho do novo comandante indicou o uso de outro estilo de organização, mais recuado. “O professor Roger vem passando pra nós o que ele quer e estamos entendendo bem. Quem chegou vai ajudar muito e estamos fazendo ótimos treinamentos”, disse o volante Thiago Santos.
Com relação a Cuca, uma comparação curiosa recai sobre a preparação. O treinador campeão brasileiro de 2016 era fã de viagens para concentração em Atibaia. A cidade, inclusive, recebeu o elenco por um pernoite no ano passado, às vésperas das oitavas de final da Copa Libertadores, mesmo quando o novo Centro de Excelência do clube já estava concluído. Neste ano Roger vetou a ideia e optou por fazer toda a preparação na própria Academia de Futebol.