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Roger lamenta cochilo do Palmeiras no primeiro gol e vê clássico equilibrado

Não foi somente de críticas à arbitragem de Raphael Claus que viveu o Palmeiras após a derrota por 2 a 0 para o Corinthians, neste sábado, no estádio Itaquerão. Apesar de ter considerado a expulsão de Jailson crucial para os rumos do clássico, o técnico Roger Machado também buscou analisar a postura do time ao longo da partida e viu no primeiro gol sofrido um comportamento inadequado de seus jogadores, que permitiram ao rival trocar 28 passes até a conclusão de Rodriguinho.

“Permitimos que o Corinthians trocasse passes e não pressionamos. O Corinthians foi nos empurrando para o nosso campo até a finalização. Foi o momento que deixamos de pressionar o portador da bola e o Corinthians se prevaleceu”, admitiu o treinador, que, apesar do placar desfavorável, enxergou equilíbrio nas ações dos dois lados.

“Houve momentos distintos no jogo muito em cima das situações de polêmica. O esquema que também, com uma flutuação, nos gerou uma dificuldade. Mas não foi essa dificuldade que fez o Corinthians abrir o placar. Do nosso time vi que até o momento do 0 a 0 e, mesmo depois do gol, o jogo estava equilibrado. Foram jogos distintos depois da expulsão. Muda o contexto, muda a estratégia, você precisa se defender com um jogador a menos”, falou Roger Machado.

Mesmo com um jogador a menor, ele buscou levar o Palmeiras à frente ao tirar um volante, Tchê Tchê, e apostar no atacante Keno. Obviamente, a partir desta substituição, a equipe ficou mais vulnerável e permitiu aos corintianos trabalharem com certa liberdade. “É o risco que se corre quando se coloca, a partir dos 30 minutos, o Keno para tentar uma reação para tentar virar o jogo. Jamais eu vou abrir mão, com um jogador a menos, de tentar um empate. Evidente que isso faz com que a gente acabe sofrendo dentro de campo porque fico com jogadores leves dentro de campo”.

Por fim, Roger Machado também negou que o Palmeiras tenha jogado de maneira lenta no estádio Itaquerão. Na visão dele, para entrar em uma defesa como a do Corinthians, é preciso ter paciência. “Esperamos o momento certo para entrar em uma defesa bem postada como é a do Corinthians. Os melhores momentos foram esses, momentos de transição em que subimos a marcação e roubamos a bola dentro do campo do Corinthians. Não vi o time lento”, reiterou o técnico palmeirense.

BAIXANDO O TOM – Em meio a reclamações dos palmeirenses depois do clássico, o diretor de futebol Alexandre Mattos conversou com os jornalistas e, apesar de também ter criticado a arbitragem, preferiu colocar panos quentes na polêmica.

“O lance foi confuso inclusive para vocês. A bola foi para um lado, foi para o outro. ‘Ah, mas foi pênalti porque a perna do cara’ … Jogo tem contato. Muito claro que ele chuta em direção ao gol, há a defesa e há um contato posterior. Se fosse assim, o Lucas Lima saiu com hematoma e ele (árbitro) não voltou. Mas não vamos ficar lamentando isso, não. O Corinthians está de parabéns, conseguiu a vitória. Vamos trabalhar para, no momento correto, a gente fazer a nossa vitória também”, disse Alexandre Mattos.

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