São Paulo – "Volto logo!" A frase estampada na altura do ombro direito da camisa que Roger vestia ao deixar o Hospital São Luiz, na manhã de ontem, amparado por muletas, era um recado de conforto à Fiel. Mesmo bastante abatido após três dias internado, o meia do Corinthians se mostrava disposto a iniciar o quanto antes a fisioterapia no tornozelo direito, operado na última segunda.
"A expectativa é de que dentro de um mês eu já possa fazer bicicleta (ergométrica), mesmo sem poder colocar o pé no chão. O importante é que eu consiga me exercitar. Quanto mais rápido esse trabalho for sendo feito, vou ganhando etapas", disse Roger, já com a cabeça no título do Campeonato Brasileiro. "Espero que dia 4 (de dezembro), mesmo de muletas, eu esteja pulando lá no estádio, comemorando com todo mundo."
A partir de segunda, ele retomará a rotina de ir ao Parque São Jorge para trabalhar a parte física (não apenas a perna operada) duas vezes ao dia. "Dentro de duas semanas, quero ver se já começo a aumentar a carga de exercícios do Roger. Se tudo correr bem, em um mês ele retira essa imobilização (de acrílico e velcro)", explicou o médico do Corinthians, Fábio Novi.
Está mantida, porém, a previsão inicial do tempo de recuperação: três meses. "Tenho certeza de que a cirurgia foi muito bem feita e a minha recuperação será melhor ainda. Estou disposto a voltar o mais rápido possível, já que tenho de estar pronto para jogar Libertadores e Campeonato Paulista", avisou Roger.
O meia fez questão de inocentar o volante Amaral, do Vasco, de qualquer culpa no lance em que acabou fraturando a fíbula. O meia reconheceu que levou azar ao prender o pé no gramado no momento da disputa de bola com o vascaíno. "São fatalidades que acontecem na minha profissão."
Roger deixou o Pacaembu ciente de que a sua contusão era grave. A dor, a pior de todas que já sentiu na carreira, era um péssimo sinal. Tanto que chegou a comentar com o médico do Corinthians que tinha certeza de que havia fraturado a perna.