O Paraná Clube segue na sua busca por jovens valores. O quarto reforço para a disputa do Brasileirão-2003 foi apresentado ontem e já começou a trabalhar. Rodrigo Silva é atacante, mas também joga na meia-esquerda e na ala. Essa versatilidade pesou na decisão da diretoria paranista, que acertou contrato com o jogador até o fim-do-ano. Na “parceria”, o clube terá participação (30%) nos direitos federativos do atleta.
Rodrigo Zeferino da Silva, 21 anos, é catarinense de Tubarão e começou nas categorias de base do Brasil de Pelotas. Jogou no Juventude e estava atualmente no Goiás. Com boa estatura – 1,78m – ele admite preferência pelo ataque, mas não faz restrições a um possível aproveitamento no meio-de-campo ou até mesmo na ala. “Já joguei como lateral no Goiás, com o Hélio dos Anjos. Estou à disposição da comissão técnica e preparado fisicamente”, disse.
O “cartão de visitas” do jogador foi animador. No treinamento de ontem, ele mostrou ousadia e bom drible. “Tenho como principal virtude a velocidade”, disse. Rodrigo Silva atuou na segunda etapa do coletivo, quando o técnico Cuca escalou os considerados suplentes. Foi nesta fase que a comissão técnica também pôde observar o lateral-direito Milton, que veio do União São João. Os quatro reforços contratados – o atacante Renaldo e o zagueiro Sandro Blum chegaram na semana passada – já tiveram suas documentações enviadas à CBF e ficam à disposição de Cuca para a primeira rodada, frente ao Santos.
“Isso não significa que já fechamos o grupo”, explicou o vice de futebol José Domingos Borges Teixeira. O Paraná ainda busca dois reforços para chegar ao número de 26 atletas. “Dependendo do andamento das negociações, podemos até chegar a um elenco com 28 jogadores”, afirmou. As prioridades do clube, agora, são mais um zagueiro (preferencialmente canhoto) e um meia-armador. Pela regulamentação da CBF, o prazo final de inscrições para a primeira rodada expirou ontem à noite, mas novas contratos podem ser registrados até a última rodada do primeiro turno do campeonato nacional.
“Estamos trabalhando e o mercado não está fácil. Há muitos jogadores em disponibilidade, mas os salários pedidos são impraticáveis”, comentou José Domingos.