Rodrigão pode ser o substituto de Finazzi em 2006

O Atlético já tem um substituto a altura para substituir Finazzi, vice-artilheiro do time na temporada com 14 gols, e quem sabe até brigar para ser titular do ataque em 2006.

O Rubro-Negro iniciou conversações para contratar o atacante Rodrigão, 27 anos, e que neste ano estava no Santo André (SP).

?Não tem nada oficial ainda. Sei que eles (diretoria do Atlético) conversaram com o meu procurador.

O presidente (Mário Celso Petraglia, do Conselho Deliberativo) está viajando, e acho que só depois do Ano Novo e que terei uma definição. Mas estou otimista?, disse o atacante ontem por telefone à reportagem da Tribuna. Rodrigão estava descansando em Santos, onde moram seus familiares.

O jogador confirmou também que outras equipes Flamengo, e da capital paulista manifestaram interesse em tê-lo para o próximo ano.

O procurador do atacante recebeu ainda propostas de clubes do exterior. ?No momento prefiro ficar aqui

no Brasil por duas ou três temporadas, para depois pensar em uma nova transferência para fora do país?, diz Rodrigão que na sua bagagem como profissional passou pela França, jogando pelo Saint Etienne, em 2001/2002, e por Portugal, jogando no Marítmo, em 2004. Porém contusões de púbis e joelho impediram uma seqüência de partidas. ?Fiz poucos jogos, e marquei gols (2 em 7 jogos na França, e 1 em 5 jogos em Portugal).

Mas felizmente não precisei passar por nenhuma cirurgia.

A medicina do esporte na Europa não é tão eficiente quanto a nossa?, analisa o atacante que disse ter devolvido parte das luvas que havia recebido na Europa para voltar e se tratar melhor no Brasil. Aloísio, que está emprestado ao São Paulo, e tem vínculos contratuais com o Atlético também autou pelo Saint Etienne, de 1999 a 2001.

Sobre a possibilidade real de atuar pelo Rubro-Negro na próxima temporada, Rodrigão mostra que está ligado no assunto e no seu provável destino. ?Sei que o Atlético tem uma ótima estrutura, já tem uma boa base e bons jogadores e não foi à-toa que chegou a ser vice-campeão da Libertadores e está entre os cinco melhores times do país. Tenho conversado com alguns amigos jogadores, que me falam bem do clube e sei também da parceria com o Guarani?, afirma o atacante que também levou um pouco de azar na sua passagem pelo Santo André. Uma fratura na mão, e duas cirurgias para corrigi-la o deixaram fora dos campos e treinos por três meses. Mesmo assim Rodrigão marcou 13 gols em 28 jogos. Em Santo André a vontade da equipe da ABC paulista era manter o jogador. ?Mas ele está preferindo disputar o Brasileiro e outras competições internacionais?, disse Sérgio do Prado, gerente de futebol do Santo André.

Atacante bom de memória

Jogando profissionalmente desde 1999, quando estreou no Santos, Rodrigão enfrentou poucas vezes o Atlético. ?Acho que uma duas ou três. Não marquei gols, mas sofri um pênalti na Baixada. O Elivélton cobrou e marcou o gol de empate.

O resultado classificou o Inter na João Havelange, e eliminou o Atlético?, disse o jogador mostrando que tem boa memória. A partida aconteceu em 25 de novembro de 2000, e o time gaúcho ganhou por 2 a 1. Kléber marcou para o Rubro-Negro, e depois Diogo Rincón fez o gol da virada do Inter. Na partida de ida, em Porto Alegre, as duas equipes empataram sem gols. Antônio Lopes era o técnico do Furacão. Zé Mário comandava o Colorado.

?A torcida do Atlético é muito vibrante e ajuda sempre a equipe. Seria bom jogar aí?, completou o atacante que por ele mesmo já teria feito a sua opção. ?Mas tem que ver antes o contrato, e as condições?, afirmou Rodrigão.

Briga de ?cachorro grande? no Atlético

Um ano de grandes desafios. Assim será 2006 para os jogadores do Atlético. O principal deles será corresponder às expectativas da diretoria, que quer ver o time lutando por títulos em todas as competições. Mas mesmo antes do primeiro jogo do ano, outra disputa, mais caseira, já está movimentando o grupo rubro-negro. E nesta, um objeto já está sendo visto como um verdadeiro troféu: a camisa de titular do Furacão.

O clube manteve a base da equipe de 2005 e não trouxe grande reforços. Por isso, o natural seria que o time para as disputas do Paranaense, da Copa do Brasil, do Brasileirão e da Sul-Americana já estivesse praticamente pronto. Mas o retorno de jogadores que estavam emprestados, e fizeram uma grande temporada em seus antigos clubes, acabou com qualquer expectativa de calmaria no CT do Caju.
?O Atlético tem um elenco com perto de 40 jogadores, todos do mesmo nível?, diz o presidente João Augusto Fleury, já prevendo que o novo treinador atleticano não vai encontrar facilidade para escolher os 11 jogadores que formarão a equipe principal do Furacão em 2006. Ou contrário, em quase todas as posições a ?briga? será acirrada.
A camisa 1 deve ser uma das mais disputadas. Com a venda de Diego para o Fluminense, Tiago Cardoso deveria assumir naturalmente a defesa das metas rubro-negras. Mas o Atlético trouxe Cléber de volta do Santa Cruz, deixando a torcida ansiosa para saber quem será o novo herdeiro de Caju. A expectativa tem explicação. Pelo clube nordestino, Cléber fez uma temporada histórica, sendo apontado como um dos principais responsáveis pela conquista do campeonato pernambucano, após dez anos de fila, e pelo retorno à Série A do Brasileirão. ?Vai ser uma disputa muito boa. Ainda tem o Vinícius, que vem brigando junto com a gente. Em 2005 eu tive uma seqüência grande de jogos e espero dar continuidade aqui no Atlético?, diz Cléber.

Na zaga, Paulo André e Danilo contam com a confiança da torcida e pareciam soberanos. Mas a volta de Igor, que foi titular do Fluminense no Brasileirão, pode mudar o panorama. ?Quero fazer um ano ainda melhor, me dedicando tecnicamente para disputar uma vaga no time?, avisa. Para a posição, o Atlético também tem os jovens João Leonardo e Juninho, recentemente contratados junto ao Guarani.

Na lateral-esquerda, Michel Bastos e Ivan estão de volta. Eles concorrem pela vaga que era de Marcão, que já acertou sua transferência para o tricolor carioca. O elenco ainda conta com Moreno, que corre por fora na disputa. ?Eles são jogadores jovens, que já mostraram seu potencial. Mas eu vou estar trabalhando para quando tiver uma oportunidade, poder mostrar meu futebol?, garante Moreno, que chegou em setembro, na reta final do Brasileiro, vindo do Chiassu, da Suíça, disputou apenas dois jogos, mas hoje, melhor adaptado, quer fazer de 2006 sua temporada de destaque no Atlético.

Adriano Gabiru pode estar a caminho do Inter

No meio-de-campo, a ?briga? por uma posição de titular do Atlético também é de ?cachorro grande?. Fabrício está voltando de contusão e vai buscar seu espaço num setor que já conta com Ferreira e Evandro. E a coisa pode esquentar ainda mais, caso seja confirmada a volta de Adriano. O Gabiru não renovou contrato com o Cruzeiro, e como tem vínculo com o Atlético, deve se apresentar em janeiro.

Mas uma nova negociação envolvendo Adriano pode acontecer. Vários clubes já demonstraram interesse no jogador. Um deles é o Internacional, que busca reforços para a disputa da Liberadores. O time gaúcho já teria, inclusive, acertado tudo com o jogador e só aguardaria a liberação do Atlético. Mas o negócio não deve ser simples. Fleury já avisou que o Furacão não pensa em emprestar Adriano novamente e só aceita uma transferência em definitivo.

No ataque, a situação poderia ser mais tranqüila, com Dagoberto e Denis Marques garantidos. Mas a diretoria já avisou que irá repatriar Aloísio, que segue emprestado ao São Paulo. ?Queremos formar o melhor ataque do Brasil?, diz Fleury. Para a posição, o Furacão também tem Cléo, Caetano e Anderson Aquino.
Com tanta disputa, não existiria o risco de um racha no elenco atleticano? Os jogadores garantem que não. ?Somos todos grandes companheiros, grandes amigos. Quem for melhor, eu tenho certeza que vai jogar. Quem vai ganhar é o Atlético?, finaliza Cléber.

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