O lateral-esquerdo Júnior Tavares, liberado pelo São Paulo na última terça-feira para um período de testes no Rennes, da França, pode não ter sido a única promessa da base tricolor prestes a mudar de ares depois da chegada de Diego Aguirre. Desde que assumiu a equipe, há pouco mais de mês, o uruguaio vem dando pouca ou nenhuma chance a peças reveladas nos dois últimos anos no clube, mas que quase não jogaram com o novo treinador.
Adepto do rodízio no elenco – já utilizou 75% dele em nove jogos -, Aguirre parece não ter se empolgado muito com atletas que, em algum momento desde que foram promovidos ao time de cima, ajudaram os antecessores do treinador, especialmente Dorival Júnior e Rogério Ceni. A exceção é Liziero, que entrou no time durante o Campeonato Paulista e não perdeu mais a condição de titular.
O próprio Tavares é um caso clássico. Após encantar Ceni quando o atual técnico do Fortaleza assumiu o São Paulo, no fim de 2016, virou titular absoluto da lateral esquerda e disputou 45 partidas ao longo da última temporada, apesar de ter perdido fôlego sob o comando de Dorival, que o trocou por Edimar diversas vezes. Em 2018, porém, só jogou cinco partidas, sendo duas com Aguirre (nenhuma como titular).
Do meio-campo para a frente, a chegada de reforços como Diego Souza, Tréllez, Valdívia e, recentemente, Everton, tornam a vida das joias tricolores ainda mais complicada.
AJUSTES PARA DOMINGO – O São Paulo treina na manhã desta quinta-feira a partir das 10h30, no CT da Barra Funda. O próximo compromisso da equipe será no domingo, às 16h (de Brasília), contra o Fluminense, no Maracanã, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.
Para esta partida, Aguirre não poderá contar com Rodrigo Caio, que se recupera de torção no pé esquerdo. O lateral Reinaldo, em processo de transição para o gramado após sofrer lesão muscular na coxa direita, ainda é dúvida.
A tendência é que o uruguaio comece nesta quinta a esboçar o time titular para o confronto no Rio.
Confira outras promessas que também andam encostadas:
Araruna
Vindo da mesma safra promovida por Ceni, o volante esteve em campo apenas uma vez com Aguirre: entrou nos 15 minutos finais da vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians, na primeira semifinal do Paulistão. Com Dorival, fora titular em duas ocasiões. Em 2017, participou de 23 confrontos.
Brenner
Utilizado em 12 jogos por Dorival, só pôde mostrar serviço ao novo comandante na estreia do Brasileiro, diante do Paraná, quando acabou substituído no intervalo e caiu no choro no banco de reservas.
Shaylon
Apesar de não ter sido revelado em Cotia, veio da Chapecoense para o sub-20 do São Paulo. Ou seja, subiu ao profissional em 2017 quando já estava no Morumbi. Ainda não foi nem sequer utilizado pelo uruguaio. As oito partidas em que contribuiu no ano se deram na gestão de Dorival, que o escalou como titular quatro vezes. Em fevereiro, antes de Aguirre desembarcar no clube, teve o contrato renovado até janeiro de 2022.
Paulinho Bóia
Uma das revelações promovidas ao time profissional em 2018, saiu quatro vezes do banco para ajudar Dorival Júnior. Com Aguirre, ainda não ganhou nenhuma oportunidade.
Caique
Outro que subiu este ano. Ao menos, já jogou duas vezes com o novo chefe – mas apenas 43 minutos ao todo, ou seja, menos de meio tempo de jogo. Com o antecessor, havia participado de cinco duelos, quando chegou a iniciar um deles entre os titulares.