O sonho britânico de comemorar um título em Wimbledon foi adiado mais uma vez. Nesta sexta-feira, o escocês Andy Murray perdeu para o norte-americano Andy Roddick por 3 sets a 1, com parciais de 6/4, 4/6, 7/6 (9/7) e 7/6 (7/5), na semifinal. Assim, o tabu de conquistas de britânicos em seu torneio mais tradicional continua. O último tenista da casa a ser campeão no All England Club foi Fred Perry, em 1936.
Na final, Roddick terá pela frente o suíço Roger Federer, que passou por Tommy Haas. O norte-americano tem um histórico desanimador no confronto com o próximo rival – em 20 partidas, venceu apenas duas vezes. Em Wimbledon, foram três encontros, sempre com vitória do suíço: na semifinal em 2003 e nas decisões de 2004 e 2005.
Para alcançar sua terceira final na grama londrina, Roddick jogou muito bem nos momentos decisivos, algo fundamental em uma partida extremamente equilibrada. O melhor jogo do norte-americano apareceu justamente nos tie-breaks, quando Murray mostrou mais nervosismo e sucumbiu à pressão.
O escocês, aliás, fez sua melhor campanha em Wimbledon e tornou-se o melhor representante britânico no torneio desde Tim Henman, também semifinalista em 1998, 1999, 2001 e 2002. Mas, novamente, o peso de um tabu histórico e os holofotes da mídia atrapalharam o desempenho de um tenista da casa. Se o último título foi em 1936, a final mais recente aconteceu em 1938, com Bunny Austin.
Mesmo sem a presença de um britânico, a decisão de domingo continua sendo histórica. Afinal, Roger Federer entrará em quadra na busca por seu 15º título de Grand Slam. A marca, se alcançada, deixará o suíço no topo da lista de campeões dos maiores torneios; atualmente ele divide o primeiro lugar com Pete Sampras.
Para Roddick, a decisão pode significar o primeiro título em Wimbledon e o fim de uma longa escrita sem troféus nos Grand Slam. O único título do norte-americano em um dos principais torneios do circuito foi em 2003, jogando em casa, no US Open.
