Robinho lidera o Santos na Arena da Baixada

Ele é o centro das atenções -e sabe disso. Mesmo sem falar (não quis dar entrevistas), Robinho é a estrela do Santos que enfrenta o Atlético no Joaquim Américo. O camisa 7 do Peixe, principal jogador em atividade no futebol brasileiro, foi alvo de uma briga entre seu clube e a CBF para que fosse liberado para o jogo desta noite (ao lado de Ricardinho). E será o alvo de todos os olhares na Baixada, tanto dos santistas quanto dos atleticanos.

A chegada da delegação do Peixe no CT da Graciosa, onde realizou o último treino antes da partida, foi o prenúncio da tarde agitada dos visitantes. Do nada, apareceram dezenas de torcedores na porta do CT do Coritiba, e dezenas de jornalistas. As câmeras se voltaram para Robinho, que não desviou o olhar – muito pelo contrário, fez a festa de fotógrafos e cinegrafistas.

Era para prestar atenção: um instante e ele está pulando nas costas de Deivid. Depois, era Fabinho o alvo das brincadeiras. Ele virava para os cinegrafistas e apontava para os companheiros, como se não soubesse que ele era a atração. Era Robinho que todos no CT alviverde queriam. E ficaram querendo, pois ele não falou com ninguém.

Quem falou foi o técnico Gallo, irritado com a suposta "desvalorização" do Atlético. "Isso é vocês (imprensa) que estão inventando. Nós respeitamos o Atlético, e particularmente eu acho que eles vão sair desta situação", comenta o treinador. A posição dele era seguida pelos jogadores. "Não devemos pensar no que eles estão fazendo no Brasileiro, e sim no que eles estão fazendo na Libertadores", completa o volante Fabinho.

Os jogadores ‘paranaenses’ foram os mais procurados -Ricardinho e Basílio não deram entrevistas, mas conversaram com todos. Cristiano Ávalos e Tcheco (ver matéria), que falaram com a imprensa, ressaltaram a dificuldade de enfrentar o Furacão na Arena. "Nós sabemos o quanto a torcida do Atlético apóia a equipe, e a importância disso no jogo", diz Ávalos. Eles não quiseram falar sobre os "segredos" para vencer o rubro-negro. "Não vamos abrir nossas estratégias", brinca Tcheco.

Em campo, Gallo não quis confirmar a equipe. Henao, que treinou normalmente, pode reaparecer no gol, no lugar de Mauro. "Vocês vão saber quem é que vai jogar", despista o treinador. Outra dúvida está no meio-de-campo: Bóvio está com dores musculares e não treinou, e Wendel está de sobreaviso. Sem Paulo César, Flávio segue na lateral-direita. Robinho? Este está confirmado – e todo mundo sabe disso.

Tcheco pensa em voltar logo para Curitiba

"Eu quero voltar para cá." O meia Tcheco está feliz no Santos, tanto que recusou várias ofertas para deixar o clube neste início de Brasileiro. Mas ele não esconde que deseja retornar para Curitiba, sua terra natal. Hoje, no entanto, seu interesse é vencer o rival mais ‘próximo’, na primeira partida que faz em Curitiba em um ano e oito meses. Em anos de Malutrom, Paraná e Coritiba, Tcheco se acostumou a enfrentar o Atlético.

O armador, recuperado de uma lesão que o tirou de combate por dois meses, não esconde a ansiedade em voltar a atuar na sua cidade (o último jogo dele em Curitiba foi em 31 de agosto de 2003, ainda pelo Coritiba). "É muito legal para mim estar de volta. Vou jogar perto dos meus familiares, na cidade onde nasci e onde apareci para o futebol. Estou muito feliz", comenta Tcheco, mesmo sabendo que não vai começar jogando.

Hoje, ele é apenas uma das opções do técnico Gallo para o meio-de-campo santistas. Voltando de contusão, o meia perdeu espaço para Wendel, recém-contratado – e que pode iniciar a partida caso Bóvio seja vetado. "Eu ainda estou me recuperando. Fiquei feliz de ter jogado contra o Palmeiras e não ter sentido nada", avalia.

Mesmo sem jogar, Tcheco foi procurado por outros times nas últimas semanas. Ele não quis comentar que equipes seriam, e garante que não pensa em sair do Peixe. "Alguns clubes me procuraram, mas nem pensei nisso. Estou muito bem no Santos. Vou cumprir meu contrato até o final", avisa ele, que ainda é vinculado ao Al-Ittihad, da Arábia Saudita.

Só que o meio-campista não deixa de pensar em voltar para casa. "Meu desejo é voltar para Curitiba", resume ele, que espera levar para Santos um bom resultado na Arena. "Nós sabemos como é difícil jogar aqui, e que não temos que pensar que o Atlético está mal no Brasileiro. É só lembrarmos que o Liverpool foi vice-campeão inglês bem atrás do Chelsea, mas ganhou a Liga dos Campeões. Por isso, vamos com toda atenção, pensando em levar a decisão para a Vila Belmiro", finaliza.

Último ?reforço? do Peixe nesta temporada será Deivid

Santos – O Santos ainda não definiu a data da apresentação de Giovanni, que começa hoje a treinar no CT Rei Pelé para evitar que o retorno do líder do time de dez anos atrás pudesse desviar as atenções do jogo contra o Atlético Paranaense, pela Copa Libertadores. Com esse reforço, o ciclo de contratações está fechado e os dirigentes vão agora concentrar seus esforços na solução do problema envolvendo Deivid, que corre o risco de ficar fora da final da copa latina.

O atacante tem contrato com o Bordeaux, da França, e o empréstimo ao Santos termina no final do mês de junho. Os franceses não estão dispostos a renovar esse empréstimo, anunciando que pretendem negociar o atleta em definitivo. O motivo dos franceses para isso é que Deivid e o treinador do time, Michel Pavon, não se entendem e o clube pretende recuperar o investimento que fez.

Os santistas querem fazer uma parceria com o Bordeaux, pagando metade da multa rescisória (US$ 3 milhões), concordando em dividir os lucros de uma futura negociação. Por outro lado, os franceses pretendem aguardam para ver se aparece uma proposta melhor.

Giovanni

Caso o centroavante tenha mesmo de deixar a Vila Belmiro, seu substituto está pronto: é Giovanni, artilheiro do Olympiakos nas últimas temporadas e que concluiu ontem, os exames médicos para jogar pelo Santos. Gallo ainda não definiu como pretende utilizar o jogador, mas admitiu que, se ele tiver força física para atuar como meia, jogará mais recuado.

Mas a primeira missão de Giovanni será substituir Robinho, que passará este mês na seleção se os dirigentes não conseguirem sua liberação da Copa das Confederações. Nesse caso, ele formaria a dupla de ataque com Deivid até o retorno da principal estrela do time.

Giovanni foi o último jogador contratado para a temporada e o Santos reforçou sua equipe com jogadores indicados por Gallo, como Wendel, Elton, Fabiano, Luciano Henrique e outros. O objetivo é ter um elenco grande para poder administrar a disputa simultânea do Brasileiro e a Libertadores.

O treinador resolveu escalar o time praticamente com os novos reforços no clássico de domingo contra o Palmeiras e o time acabou perdendo por 2 a 1. A intenção daqui para a frente, porém, é ir dando oportunidades a eles, mas escalando-os para jogar ao lado dos titulares.

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