Botafogo e Santos jogaram 25 minutos de futebol, no primeiro tempo, que salvaram a partida desta quarta-feira no Maracanã. Frutos de duas gerações diferente de Meninos da Vila, Robinho e Geuvânio decidiram e levaram o Santos à vitória por 3 a 2 na partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil, diante de menos de 8 mil pagantes no Rio.

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O craque santista fez dois e chegou a 101 com a camisa do clube, mas foi expulso no final do jogo ao fazer uma falta dura no meio de campo. Ele já tinha amarelo e, um minuto antes, havia chutado uma bola para longe com o jogo parado. Robinho já era desfalque para a volta porque vai estar defendendo a seleção. Jefferson, outro do time de Dunga, machucou um dedo da mão e precisou ser substituído.

Graças à vitória, o Santos joga a partida de volta, no dia 16, às 20h30, na Vila Belmiro, podendo perder por 1 a 0 ou 2 a 1 e mesmo assim avançar à semifinal. Pelo Brasileirão, os santistas jogam de novo no Maracanã no sábado, às 16h20, contra o Flamengo. No mesmo dia e horário, o Botafogo pega o Vitória, no Barradão.

O JOGO – Pivô do caso de racismo que colocou o Santos nas quartas, o goleiro Aranha foi vetado com dores na coxa esquerda e se juntou a Thiago Ribeiro, Bruno Uvini, Vinicius Simon e Gustavo Henrique como desfalque. Do outro lado, Edílson e o volante Marcelo Mattos eram os únicos problemas para Vagner Mancini.

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Cada um dos dois times tinha três atacantes, mas a proposta ofensiva não se tornou realidade nos primeiros minutos. A primeira chance de gol surgiu só aos 18 minutos, com Wallyson, mas Vladimir pegou. Do outro lado, o Santos chegou aos 24, quando Leandro Damião escorou para Geuvânio, que chutou para defesa de Jefferson.

Naquele lance, começaria o jogo. Isso porque, na reposição, Jefferson jogou na fogueira para Gabriel, que dominou desatento e perdeu para Robinho. O craque aproveitou na meia-lua e abriu o placar.

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Logo no lance seguinte, porém, o Botafogo empataria. O mesmo Gabriel que errara um minutos antes, viu Vladimir adiantado e colocou a bola no ângulo. Mais dois minutos e o Santos voltaria à frente, novamente com Robinho, que tabelou com Cicinho, ganhou de Dankler e fez 2 a 1.

Novamente no lance seguinte o Botafogo mandou a bola para as redes, com Ramírez, mas o peruano estava impedido no momento do chute/assistência de Wallyson. Para piorar a situação dos cariocas, Emerson sentiu lesão e pediu substituição. Enquanto esperava na beira do campo para o jogo parar e ele poder sair, Geuvânio avançou pela esquerda e fez o terceiro.

O que já era ruim para o Botafogo ficou pior. Jefferson lesionou o dedo mindinho da mão direita e também teve que sair antes do fim do primeiro tempo. O Santos, querendo aproveitar o bom momento, voltou do intervalo no ataque, buscando um quarto gol que mataria o duelo.

O Botafogo, porém, achou um gol que mudou o rumo das coisas. Aos 11, Dankler cruzou e Zeballos fez. O dono da casa voltou para o jogo e o Santos recuou. Mal no jogo, Damião saiu, mas quem entrou foi o argentino Patito Rodríguez, com Gabriel seguindo no banco.

Robinho poderia ter definido o jogo aos 31, mas errou o drible em Andrey, que se recuperou. Depois, exagerou na vontade em uma dividida e foi expulso. Na saída, disse que a arbitragem é “uma vergonha”. Mais vergonhoso, porém, foi o gol que Alan Santos perdeu sozinho com o gol aberto, aos 44.

FICHA TÉCNICA:

BOTAFOGO 2 X 3 SANTOS

BOTAFOGO – Jefferson (Andrey); Dankler, Bolívar, André Bahia e Júnior César; Airton (Bolatti), Gabriel e Ramírez; Rogério, Emerson (Zeballos) e Wallyson. Técnico – Vagner Mancini.

SANTOS – Vladimir; Cicinho, Edu Dracena, David Braz e Mena (Caju); Alison, Arouca e Lucas Lima; Geuvânio (Alan Santos), Robinho e Leandro Damião (Patito Rodriguez). Técnico – Enderson Moreira.

GOLS – Robinho, aos 24 e aos 28, Gabriel, aos 25, e Geuvânio, aos 42 minutos do primeiro tempo; Zeballos, aos 11 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Dewson Freitas da Silva (PA).

CARTÕES AMARELOS – Dankler, Bolívar e Júnior César (Botafogo); David Braz e Geuvânio (Santos).

CARTÃO VERMELHO – Robinho (Santos).

RENDA – R$ 173.745,00.

PÚBLICO – 7.740 pagantes.

LOCAL – Estádio do Maracanã, no Rio.