Em dez rodadas, o Atlético não conseguiu repetir sequer uma formação e o resultado está aí. O time é esforçado, luta bastante, mas não tem conjunto.
Também como conseguir se, em toda partida, há jogadores suspensos, machucados e agora afastados? E também há as modificações habituais do treinador, que não têm sido poucas.
Nas mesmas dez rodadas, os dois treinadores (Ney Franco e Roberto Fernandes) utilizaram 33 atletas, o que representa três times inteiros.
Sob o comando de Fernandes (8 jogos) foram testados 30 -número alcançado no Maracanã com a estréia de Douglas Maia pela ala-direita. E o mais curioso é que dos que vestiram a camisa atleticana no Brasileirão, dez já não fazem mais parte do grupo principal.
Mais estréias
Com a dispensa de atletas, a contusão e suspensão de tantos outros, o elenco ficou reduzido e gerou a necessidade de novas contratações.
Assim, enquanto o Atlético procura entrosamento e a montagem de um grupo equilibrado e competitivo, o Brasileirão vai correndo silenciosamente. E o tempo não pára. Daqui a três rodadas, 1/3 do campeonato terá transcorrido e, até agora, o torcedor desconhece quem são os onze titulares do Rubro-Negro.
Mas o pior são os resultados. Apesar de em alguns jogos o grupo ter apresentado lampejos de bom futebol, em 10 confrontos o aproveitamento foi de apenas 40% dos pontos disputados e piora ainda mais na era de Roberto Fernandes: 33,3%.
A falta de conjunto reflete em outros números negativos, mas representativos para o Furacão neste Brasileirão. A equipe ocupa a 2.ª posição em expulsões (cinco atletas); tem o pior ataque em jogos fora de casa (um gol), é a 4.ª que menos finaliza e 5.ª em número de assistências.
Futuro
O próximo compromisso é contra o Internacional, no domingo, na Arena da Baixada, local onde o time tem se superado graças ao incentivo do torcedor. Mas, para esse jogo, novas mudanças. Nei e Danilo estão suspensos e Roberto Fernandes terá que remontar a equipe outra vez.
Ainda há incerteza quanto a recuperação de Netinho, que trata de uma lombalgia, e de Júlio César, que se recupera de um estiramento na panturrilha. Ambos são dúvidas.
Sobre essas constantes mudanças, Roberto Fernandes lamentou as contusões, as expulsões e a impossibilidade de alguns jogadores só ganharem condições de atuar em agosto. ?Não tem o que fazer (…) O que posso fazer estou dando seqüência. Quem está suspenso, quem está no DM e quem não tem regulari-zação, não tem o que o treinador fazer?, finalizou.
No domingo, a galera rubro-negra conhecerá mais uma nova formação na Arena.