Roberto Fernandes não começou com o pé direito sua passagem pelo comando técnico atleticano. Com os resultados obtidos até agora, ele iguala a pior campanha dos treinadores rubro-negros dos últimos cinco anos.
O pernambucano Fernandes tem os mesmos números que seu conterrâneo Givanildo de Oliveira – que não deixou saudades para o torcedor rubro-negro – com 26,66% de aproveitamento dos pontos disputados.
Em cinco jogos, ambos treinadores conseguiram uma vitória, um empate, três derrotas e saldo zero (seis gols feitos e seis sofridos).
Givanildo comandou o Furacão em 2006, num período tumultuado do clube, após a saída do alemão Lothar Matthäus e a imposição das janelas para entrevistas. Além de ser desconhecido como treinador nas regiões sul e sudeste do País, ele não conseguiu emplacar, colecionando divergências e irritando a torcida com sua metodologia de trabalho.
Diferente
Roberto Fernandes chegou de forma diferente. Badalado pela boa campanha no Náutico em 2007, este pernambucano é considerado um jovem talento, integrante da categoria ?treinador emergente?. No entanto, até o momento, o discurso de um Atlético ofensivo ficou só na retórica.
Dos cinco jogos que comandou, em três deles o Atlético não marcou gols e perdeu todas as disputas fora de casa. Na Arena, conseguiu um empate com o Galo Mineiro (1 a 1) e a goleada sobre o Goiás (5 a 0).
Apesar de saber que é início de trabalho, o torcedor esperava mais do Atlético, sob a batuta de Fernandes. Porém, nesse período, o treinador tem contado com uma série de imprevistos para escalar a equipe, como suspensão e contusão de importantes jogadores.
Mudanças
Um detalhe que também chama atenção neste começo de trabalho é a grande quantidade de atletas testados pelo comandante rubro-negro. Ele utilizou no decorrer dos cinco jogos, 26 jogadores diferentes e em nenhuma partida conseguiu repetir a mesma escalação.
O próximo compromisso do Atlético é no domingo contra o rival Coritiba, que está melhor colocado na tabela do Brasileirão. Novamente, o time será modificado com o retorno do volante Alan Bahia, do lateral Nei e do meia Netinho.
Ressalta-se que esta é a última semana inteira de trabalho que Fernandes dispõe para acertar o time. A partir da outra, tem início a seqüência de jogos no meio e final de semana, o que praticamente inviabiliza treinamentos e modificações profundas na maneira de jogar da equipe.
