Roberto Cavalo está fora do Paraná Clube

A “era” Roberto Cavalo chegou ao fim de forma melancólica. Depois de quase um mês de muito disse-que-disse, o treinador se despediu ontem do Paraná Clube de forma oficial.

Um quadro que expôs novas divergências na cúpula diretiva do Tricolor. Prevaleceu a posição do novo comando do futebol, que já teria conversação adiantada com um profissional “experiente e adequado aos padrões do clube”. Um perfil que não foge à rotina dos últimos anos: o Paraná busca um técnico bom e barato.

Na solenidade de posse, o vice de futebol Aramis Tissot já dava pistas sobre esse desdobramento. Citou, naquele momento, a “vocação” do Tricolor para lançar no mercado técnicos emergentes. “Já foi assim com Caio Júnior, Cuca, Adilson Batista”, lembrou o dirigente.

“Isso pra não citar o Geninho, que estava parado e só voltou ao cenário nacional porque abrimos espaço para ele”. Em 2000, Geninho largou a supervisão do Ituano para comandar o Paraná e conquistou o título do Módulo Amarelo da Copa João Havelange.

Porém, na história, há uma série de fracassos por conta destas apostas. É só ver o retrospecto, por exemplo, de Edu Marangon, Gilson Kleina e Rogério Perrô. Disposto a criar um “fato novo”, Aramis Tissot manteve posição firme quanto à mudança no comando técnico.

Ontem pela manhã, chegou a afirmar -informalmente – que não ficaria no clube caso Roberto Cavalo renovasse. O anúncio oficial veio no fim da tarde, após nova reunião entre o técnico e Aurival Correia.

“Saio triste, porque acho que poderia fazer mais pelo clube. Mas, o Paraná tem dirigentes competentes e eles sabem o que é melhor, nesse momento”, disse Cavalo, evitando polêmica. “Nas reuniões, sempre procurei orientar no sentido do clube se organizar internamente. E, é claro, formar um grande elenco. Não sei com que time o Paraná iniciará o ano, mas o Aramis me pareceu um cara experiente e capaz de realizar um grande trabalho, como fez há alguns anos, como presidente”.

Roberto Cavalo assumiu o comando do Paraná no dia 12 de setembro. Nesse período, comando o Tricolor em 15 jogos, com aproveitamento de 55,56% (6 vitórias, 7 empates e 2 derrotas).

Fechou a temporada com uma série invicta de dez jogos. Mas, divergências entre a oferta feita pela diretoria e o salário pretendido por Cavalo, “jogaram contra” o profissional.

Na sua versão, o fato do clube não conseguir segurar atletas como Zé Carlos, Davi, Rafinha e Marcelo Toscano gerou desgaste. A novela terminou e sem final feliz para o treinador.

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