Otimista, trabalhador e linha dura. Este é o perfil de Roberto Cavalo, o novo técnico do Paraná Clube. Com quase doze anos de carreira, o ex-volante do Atlético terá sua primeira oportunidade no futebol paranaense.
Com um discurso firme, não vê nenhum “bicho papão” na Série B. Mesmo admitindo que a matemática é improvável, disse que não aceitou o convite apenas para lutar contra o rebaixamento. “Se você emplaca uma sequência de três vitórias, tudo muda. Temos que mirar esse objetivo”, analisou.
Gaúcho de Carazinho, Roberto Cavalo marcou, dentro das quatro linhas, por ser um obstinado guerreiro. Agora à margem do gramado, não admite “moleza” em hipótese alguma.
“Tenho uma forma de atuar e quero todos com essa postura. Quem não quiser trabalhar desse jeito, com determinação e respeito ao companheiro, vai ter problemas”, disparou.
É com essa atitude que o novo treinador inicia nesta terça-feira, frente ao Juventude, uma série de decisões. Primeiro tendo com meta um distanciamento da ZR, mas sem descartar a luta pelo acesso. Muito pelo contrário.
“Nessa Série B, só o Vasco não cai. Os outros, tem como primeiro objetivo evitar o rebaixamento. Estamos muito atrás do G4 e por isso terá que ser jogo a jogo. Ainda dá pra disparar”, afirmou, confiante. “A competição é muito nivelada, mas esse elenco é bom e por isso é possível acreditar”, disse Roberto Cavalo.
O técnico disse conhecer muito bem esse grupo de atletas. “Acho que já trabalhei com 40% deles. Isso é importante nesse momento de transição. O grupo se abateu com a derrota para o Vasco e recuperá-los é o primeiro passo”.
Cavalo, que tem no currículo bons resultados na Segundona, vê nesse convite do Paraná a chance de recuperar seu nome no cenário nacional.
O treinador, em 2005, comandava o Náutico na “Batalha dos Aflitos”. Viu, incrédulo, seu time desperdiçar a chance de acesso.
A incrível derrota por 1×0, colocou o Grêmio na Série A (junto com o Santa Cruz).
Na atual temporada, arriscou a sorte no Confiança, mas comandou a equipe sergipana em apenas quatro jogos.
Saiu com uma vitória e três derrotas, antes da queda do clube para a quarta divisão nacional.
Roberto Cavalo, 46 anos, assinou contrato apenas até o fim da temporada. Situação considerada normal pelo treinador.
“O que pode fazer com que o trabalho tenha continuidade são os resultados. No futebol, isso é tudo. Só com vitórias você tira esse clima de desconfiança, traz o torcedor para o seu lado e tem chance de, quem sabe, buscar uma permanência para a próxima temporada”, arrematou Cavalo.
