Milão – Depois de um ano, 39 jogos, oito gols e muitas horas no banco de reservas, termina a aventura de Rivaldo no Milan. A rescisão de contrato foi anunciada ontem pela manhã, em comunicado oficial publicado na página do clube italiano na internet. O rompimento teria ocorrido para atender a solicitação do jogador brasileiro, aborrecido por ser sistematicamente preterido pelo técnico Carlo Ancelotti.
“Tudo ocorreu com amizade e serenidade”, afirmou Adriano Galliani, vice-presidente do Milan e braço direito de Silvio Berlusconi, dono do clube e primeiro-ministro da Itália. “A relação durou pouco, mas também com a colaboração do jogador conquistamos troféus importantes. Nós o agradecemos por isso.”
Por trás do texto polido e gentil, há história de frustração mútua. O Milan esperava muito mais de Rivaldo, quando o contratou por salários de US$ 5 milhões anuais até 2005, assim que recebeu passe livre do Barcelona, em julho de 2002. E o meia-atacante, de 31 anos, imaginava encontrar ambiente que lhe permitisse mostrar talento e arte que o tornaram ponto de referência no Palmeiras, no La Coruña e no próprio Barça, equipes nas quais se destacou.
Esse quadro ideal ficou bem distante da realidade.