Um dos grandes ídolos da história recente do Boca Juniors, Riquelme foi bastante crítico à realização da final da Libertadores em Madri. Para o ex-meia, a disputa do grande clássico com o River Plate no estádio do Real Madrid, neste domingo, descaracterizará o confronto.
“Penso que não será a mesma coisa. Por mais que queira que o Boca Juniors ganhe, creio que a final tem que ser jogada em nosso país. Nos tiraram ela. Vai ser o amistoso mais caro da história”, declarou nesta terça-feira, em entrevista à Rádio Mitre.
O craque dos anos 1990 e 2000 considerou que a disputa em Madri é uma “derrota para o futebol argentino”. “Colocaram o futebol argentino no local mais alto, mas é triste que se jogue em outro país. No fim, não será o mesmo. É como se a final da Liga dos Campeões fosse jogada aqui. É uma derrota para o futebol argentino.”
Depois do empate por 2 a 2 no jogo de ida da decisão, em La Bombonera, River e Boca se enfrentariam no último dia 24, no Monumental de Núñez. Momentos antes da partida, no entanto, o ônibus do time visitante foi apedrejado pela torcida rival, o que deixou jogadores feridos. A Conmebol chegou a alterar o horário da partida em duas oportunidades, antes de adiá-la para o dia seguinte e, posteriormente, suspendê-la.
“Foi muito estranho o que aconteceu. Não quero que meus filhos se acostumem com essas coisas acontecendo aqui. Eu sonhava com o Boca sendo campeão no estádio do River, e que respeitassem se conseguíssemos ganhar”, afirmou Riquelme.
O ex-jogador considerou que a decisão da Conmebol de levar a grande final para Madri ampliou a vergonha sentida pelos argentinos. “É triste, e isso acontece todo dia conosco. Há poucas coisas que são nossas, como o churrasco, o mate e o doce de leite. Acabaram de nos tirar o clássico, não é nada bonito.”