O Rio de Janeiro deu neste fim de semana mais um passo para tentar receber a partir de 2021 o GP do Brasil de Fórmula 1. Durante o GP de Mônaco, representantes do consórcio Rio Motorsports, ganhador da licitação para construir e gerir o novo e futuro autódromo da cidade, entregaram ao comando da categoria a proposta oficial para sediar a etapa brasileira.

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O diretor do Rio Motorsports, JR Pereira, viajou ao principado de Mônaco para se encontrar com diretores do grupo Liberty Media, dono da Fórmula 1 desde o fim de 2016. Os executivos da categoria receberam a oferta oficial, junto com detalhes do plano de negócios, do projeto da pista e do cronograma de obras. As reuniões foram realizadas dentro do escritório da F-1.

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O consórcio também conversou em Mônaco com possíveis parceiros de negócios, inclusive com uma empresa austríaca responsável pelo serviço de alimentação e bebidas de várias etapas da Fórmula 1. O Rio pretende substituir São Paulo como cidade sede do GP do Brasil de Fórmula 1. A capital paulista recebe a prova de 1990 no Autódromo de Interlagos e tem contrato com a categoria até 2020.

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O plano do Rio é de construir um autódromo no valor de R$ 700 milhões em um antigo terreno do Exército, no bairro de Deodoro. O empreendimento tem apoio do prefeito da cidade, Marcelo Crivella, do governador do Rio, Wilson Witzel, e do presidente da República, Jair Bolsonaro. O projeto prevê o investimento somente de recursos privados, com o direito de concessão da área por 35 anos.

O Rio Motorsport ganhou na última semana a licitação para erguer o autódromo e prevê concluir a obra em até 17 meses. O contrato ainda não foi assinado e depende agora da apresentação de documentos e da proposta econômica para execução do projeto, assim como estudos e relatórios de impacto ambiental da área destinada para receber o novo autódromo.

Além da Fórmula 1, os idealizadores do autódromo carioca conversam com outras categorias. A MotoGP também já assinou um protocolo de intenções para realizar uma etapa na capital fluminense nos próximos anos. O novo autódromo tem capacidade prevista para receber 130 mil pessoas.

CONCORRÊNCIA – O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, e o governador do Estado, João Doria, garantem que vão se empenhar para manter Interlagos no calendário da Fórmula 1. Os políticos paulistas aguardam para o próximo mês a vinda do chefe da Fórmula 1, Chase Carey, para uma reunião sobre a renovação de contrato e demonstram otimismo na disputa.

Segundo dados da prefeitura, a realização do GP do Brasil em Interlagos movimentou no ano passado R$ 334 milhões em turismo. O autódromo recebeu em novembro o repasse de R$ 43 milhões para obras como a cobertura do paddock e a elevação do teto dos boxes. As intervenções fazem parte do pacote de R$ 160 milhões em recursos federais destinados para a modernização do local desde 2014. O investimento foi uma contrapartida pela renovação do contrato com a Fórmula 1 válido até 2020.