Na base do “estica e puxa”, o técnico Ricardo Pinto vai tentar encontrar uma formação equilibrada para o jogo de amanhã, às 18h30, em Ponta Grossa, frente ao Operário. Em situação delicadíssima no Campeonato Paranaense, o Paraná Clube tem apenas quatro jogos para tirar a vantagem de três pontos do Rio Branco e evitar o maior vexame em quase 22 anos de história. Com um desempenho pífio até aqui, o clube é candidato forte ao rebaixamento.

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Depois de um começo arrasador, o trabalho do técnico Ricardo Pinto já não consegue pôr o Tricolor no rumo das vitórias. Mesmo, ele confia numa reviravolta. “Sabemos que nossa situação é delicada, mas não adianta ficar remoendo o que deu errado. Temos é que encontrar soluções para vencer, se possível, os quatro jogos que temos pela frente”, disse. O treinador, que em sua chegada emplacou quatro vitórias sequenciais, agora convive com um período de absoluta “seca”. Já são cinco jogos sem vitória e quatro derrotas seguidas. “Temos que reagir. E já”, avisa.

O jogo frente ao Botafogo, aliás, deixou novas dúvidas no ar. Afinal, como projetar vitórias se o time conclui tão pouco? Um dilema que Ricardo Pinto espera solucionar na base do bom diálogo. Até porque, tempo é algo que o clube não dispõe. A comissão técnica terá apenas uma sessão, hoje cedo, para montar um time. São cinco desfalques certos: os suspensos Serginho, Luiz Camargo e Diego, o lesionado Anderson e Kelvin, que se apresentou à Seleção Brasileira sub-18.

Além desta série de baixas, o treinador ainda depende das avaliações de Henrique e Ricardinho. A princípio, ambos devem ser relacionados para o jogo em Ponta Grossa. “Temos uma missão complicada, mas não adianta ficar procurando desculpas. O que nos resta é nos fecharmos ainda mais e buscar essas quatro vitórias. Acho pouco provável que o Rio Branco vença todas e, nesta combinação, estaríamos livres desse fantasma”, disse o treinador paranista.

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O discurso otimista de Ricardo Pinto, porém, contrasta com a frieza dos números. Em dezoito rodadas, o Paraná venceu apenas quatro vezes. Agora, projeta pelo menos três triunfos em quatro possíveis. “Já vacilamos demais nesses últimos jogos e chegou a hora de reagir. O Operário tem um bom time, mas temos que nos impor, no peso desta camisa”, disse o zagueiro Rodrigo Defendi.

Ele acredita que amanhã, diferente do que ocorreu no Rio de Janeiro, a zaga não estará tão exposta. “Lá, foi diferente. Precisávamos de dois gols e tivemos que arriscar. Agora, o time terá uma postura mais segura, com todos ajudando na marcação”, arrematou o zagueiro, capitão do time diante da ausência de Luiz Camargo.

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