Em seu primeiro pronunciamento sobre as negociações frustradas com o Beijing Guoan, o atacante Ricardo Oliveira divulgou uma nota, por meio de sua assessoria de imprensa, deixando claro que o seu desejo era se transferir para o futebol da China, o que não ocorreu em razão da recusa do Santos.
“Não hesitei em ceder todos os meus direitos federativos ao Santos FC, possibilitando a agremiação arrecadar milhões de reais em um atleta que irá completar 36 anos, e que chegou sem custos”, afirmou o atacante, que na última quinta-feira ficou de fora do duelo com o Mogi Mirim por causa das tratativas.
Durante a negociação, encerrada nesta sexta-feira, o atacante propôs que os valores envolvidos, 6 milhões de euros, fossem todos repassados ao Santos. A diretoria, no entanto, exigiu 8 milhões de euros. O negócio não foi concretizado por causa do fechamento da janela de transferências na China.
Por outro lado, o atacante afirma que continuará defendendo o Santos sem mudar sua postura. “Como foi em toda minha carreira, vou continuar cumprindo com minhas obrigações de funcionário do clube. Honrando a camisa do Santos como sempre honrei, trabalhando no dia a dia como sempre trabalhei, e me doando em campo como sempre me doei. Não será uma negociação que mudará a minha postura. Já passei por momentos como esse, em mais de 15 anos de carreira profissional, e em nada mudou a minha conduta”, disse, em trecho do comunicado.
O presidente Modesto Roma Junior declarou que não acreditava que a insatisfação do jogador afetaria o seu rendimento dentro de campo. “E caso não vá (para a China), nunca faria isso (ficar insatisfeito no elenco). É um homem de palavra. Não é canalha”, completou o mandatário durante as negociações.
Esta é a segunda passagem de Ricardo Oliveira pelo Santos, iniciada em janeiro de 2015. O atacante foi o artilheiro do Campeonato Paulista, em que também foi campeão, e do Campeonato Brasileiro do ano passado. Seu contrato com o clube é válido até o fim de 2017.