Rio de Janeiro – Pelo menos nos próximos quatro meses o Brasil terá mais uma novela para acompanhar: o drama da recuperação do atacante Ricardo Oliveira, até ontem nome certo entre os relacionados do técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira, para a Copa do Mundo da Alemanha. O atleta sofreu uma contusão grave no joelho direito. E na luta para estar liberado a tempo de ser relacionado na lista final, a primeira providência dos médicos do Bétis foi a de imobilizar a perna de Oliveira por, no mínimo, 45 dias.
A contusão do atacante do Bétis ocorreu durante a vitória sobre o Chelsea, por 1×0, pela Liga dos Campeões, no Estádio Manuel Ruiz de Lopera, em Sevilha. Aos 25 minutos do primeiro tempo, Oliveira disputou a bola com o zagueiro português Ricardo Carvalho e sofreu uma fratura na rótula e ruptura em vários ligamentos do joelho, provocados pela queda. Mas, o diagnóstico ainda não é preciso, porque os médicos vão esperar o joelho do atleta desinchar para realizar um exame mais detalhado. "Agora é ter paciência porque vou colocar o gesso e ficar um mês e meio com ele. Depois que tirá-lo vou ver se afetou algum ligamento ou se houve coisa mais grave", disse.
"A previsão é de que fique quatro meses me recuperando até voltar a tocar na bola. Foi uma contusão feia, porque como apoiei o pé no chão, senti dar um tranco no joelho." Esta não será a primeira vez que os torcedores brasileiros acompanharão o desespero de um atleta para ficar curado e poder ir a uma edição da Copa do Mundo.
O artilheiro Romário chegou a ir à França, em 1998, mas foi cortado durante a competição. Em 2002, o meia Rivaldo e o atacante Ronaldo tiveram sucesso, conseguiram superar problemas médicos e voltaram do Japão com o pentacampeonato. O médico da seleção, José Luiz Runco, que recuperou Rivaldo e auxiliou no tratamento de Ronaldo, se mostrou otimista quanto à recuperação de Oliveira para a Copa do Mundo. Ressaltou porém, que tudo depende dos resultados do exame que o atleta realizará.