Ricardo Drubscky é um especialista em Atlético. Coordenador das categorias de base em dois momentos, técnico do time sub-23 e treinador da equipe na vitoriosa caminhada rumo à elite do Brasileirão em 2012, ele conhece muito bem a história do atacante Marcelo. Desde sempre Drubscky confia no talento do jogador e acredita que em breve as dificuldades serão superadas.
“Pelo que tenho visto de fora, é dar tempo ao tempo. Daqui a pouco as coisas começam a acontecer. É um menino talentoso, de valor. Daqui a pouco as coisas chegam no lugar que têm que chegar, porque talento ele tem. Sem dúvida nenhuma o Marcelo é um dos atacantes mais fortes do futebol. Ele até é magrelo, mas entendo força como a capacidade do indivíduo de ter arrancadas. Ele tem explosão muscular muito interessante. Além disso tem técnica, finaliza bem. É um jogador que sem dúvida vai dar alegrias ao torcedor do Furacão”, elogiou.
Na visão de Drubscky, a exigência exagerada do brasileiro faz com que a pressão sobre os jovens jogadores torne seu desenvolvimento mais complexo. “Ele teve um crescimento muito grande em relação à base e se firmou rápido no profissional. É um garoto de 22 anos e no futebol brasileiro estamos acostumados a querer respostas muito rápidas e exigimos respostas muito rápidas. Os atletas são seres humanos e alternam”.
E acrescenta. “Temos uma forma de expor nossos profissionais, os atletas, que é muito exigente. Cobra-se produtividade o tempo todo. Só depois que eles adquirem certa maturidade com certeza terão rendimento mais homogêneos, uma média de boas atuações maior. Então aí sim acho que a cobrança poderia ser maior. Mas, infelizmente, o público brasileiro, a mídia, dirigentes, treinadores, familiares e empresários exigem resposta muito rápido. Tem atletas que mentalmente não estão preparados. Por isso chamo a escola de futebol brasileira como trituradores de talento. Do mesmo jeito que é revelado, é destruído”, conclui Drubscky.