O técnico Ricardo Drubscki saiu do Atlético há menos de dois anos e na despedida de seus jogadores, nas diferentes categorias de base, departamento do qual era coordenador, avisou: “Em dois ou três anos eu volto e vou comandar vocês no futebol profissional”. Antes do prazo estipulado, ele cumpre a promessa. “Eles [jogadores] lembraram disso. Quis a divina providência que acontecesse mais cedo, mas não é por causa de um ano e meio que vou perder esta oportunidade”, brincou o novo treinador do Furacão.
A confirmação de Drubscki para o lugar de Juan Ramon Carrasco, feita no final da tarde de terça-feira, gerou um descontentamento imediato na torcida, que pelas redes sociais mostraram o sentimento de reprovação. Mas o treinador não se abalou com a resistência que recebeu quanto à sua contratação e pediu tempo para a torcida. Bem-humorado, até brincou com a situação que teria deixado os atleticanos com “a pulga atrás da orelha” por conta de sua chegada. “Remedinho para matar pulga a gente compra no mercado”, disse, afirmando que todos precisam de uma primeira chance para mostrar seu talento, seja em qual área atue.
Antes de mostrar a que veio, o treinador pediu um período de trégua para encaixar seu trabalho. Após isso, ele admite receber críticas ou passar por qualquer avaliação. Confiante, assegura que sabe exatamente o que fazer para o Furacão voltar a ter bons resultados.
Ricardo Drubscki também foi comedido em alguns questionamentos. Ao ser perguntado sobre possível interferência em seu trabalho, em especial depois do que seu antecessor Juan Ramon Carrasco enfrentou, como trouxe a edição da Tribuna de ontem, o novo treinador disse que tem uma estratégia para não permitir influências, além da experiência como gestor de futebol, que vai ajudá-lo a lidar com situações mais complicadas. “Não vou responder pela situação do treinador que me antecedeu […] mas eu trabalho de forma colegiada e tenho experiência como dirigente, o que me faz ver de forma diferente. Não tenho dificuldades de diálogo. Tenho confiança grande na minha maneira de trabalho, e que o dirigente vai interferir muito pouco”, afirmou Drubscki.
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