Maior revelação do Paraná Clube em todos os tempos, Ricardinho sempre teve seu nome intimamente ligado ao Tricolor. Num passado não distante, o pentacampeão mundial chegou a afirmar que um dia seria presidente do clube. O simples fato de o meio-campo não ter se reapresentado ao Bahia, ontem, deu margem a uma série de especulações em torno do seu futuro. Seria possível, neste momento, imaginar a volta do craque à Vila Capanema?
Com a família, em Curitiba, Ricardinho nega que tenha aberto qualquer conversação com a diretoria paranista. “Não sei qual será o meu futuro. Acho pouco provável que eu continue no Bahia”, disse o jogador. Com contrato até dezembro com o clube baiano, ele diz que já recebeu alguns telefonemas de outras equipes e empresários, mas não do Paraná. “Vou definir essa questão com o Bahia na próxima semana. Por enquanto, quero curtir esse fim de semana com a família”, diz.
O jogador, que em maio completa 36 anos, analisa até a possibilidade de “pendurar as chuteiras”. “É algo que a gente vai amadurecendo. Foi uma temporada difícil, com algumas lesões. Além disso, fiquei muito tempo longe da esposa e dos filhos”, lembrou. Ricardinho, porém, mostra habilidade para driblar assuntos que envolvam o Paraná. “Todos sabem o carinho que tenho pelo clube. Mas, no momento, não tem nada”, disse. Sem calendário, o Tricolor sequer está pensando em reforços. A busca maior é por um gerente de futebol.
Ricardinho, de bate-pronto, negou qualquer interesse em trocar os gramados por um cargo administrativo. “Virou até modinha jogador assumir cargo de gerente. Acho que não teria muita paciência para lidar com empresários”, disparou. Ricardinho deixa claro que, quando se aposentar, pensa em investir na carreira de técnico. “Não sei quando isso vai acontecer, mas é um caminho a seguir. Não me vejo longe da bola.”
Poderia, então, ser ele a grande aposta da diretoria para dirigir o Paraná em 2012? “Não me vejo, no momento, nesta função. Mas quem sabe?”, arrematou.
