O zagueiro Rhodolfo, 24 anos está na sua melhor fase desde que subiu para o profissional do Atlético. Nesta temporada, completou oito anos de clube e tornou-se referência na defesa. Além de ser destaque na zaga, o defensor foi responsável direto por uma das vitórias do Atlético – no triunfo por 1 x 0 sobre o baiano Vitória. Mais experiente que os colegas de setor, ele já é tido até por Paulo Baier como um dos líderes do time. Tendo em vista que, além de ser o cérebro da defesa, Rhodolfo também gosta de orientar o posicionamento de todo o time durante as partidas. Não é à toa que é chamado de o “comandante” pelos companheiros.
Apelido que ele faz questão de explicar: “Nosso time é bastante jovem, eu sou novo, mas sou o jogador que mais vestiu a camisa do Atlético. Então, eu e o Paulo (Baier) conversamos muito, assim como o Bruno Mineiro e o Chico. Somos mais experientes, procuramos nos comunicar muito para acertar o posicionamento do time.”
Este comando do zagueiro fez falta no jogo contra o São Paulo, quinta-feira, e foi sentido pelo grupo, que também não teve Paulo Baier. Aliás, ausência na zaga começa a indicar uma “Rhodolfo dependência” no elenco.
Os dois gols sofridos frente à equipe paulista foram justamente por erro de marcação. Sérgio Soares mesmo chamou a atenção dos comandados. “O gol que tomamos do Miranda é um lance que já sai determinado do vestiário: cada um pega o seu. O Miranda jamais poderia aparecer sozinho naquela bola. Os reservas têm que estar preparados para manter o trabalho”, lembrou Sérgio, após a derrota. O próprio Rhodolfo reconhece que os desfalques são problema para o Furacão e não esconde que seu comando faz diferença na hora de orientar o posicionamento em campo. “Acho que estou em uma fase boa. A defesa toda está bem e, por ser um jogador experiente na zaga, tento orientar bastante. Admito que minha presença faz falta sim, mas temos jogadores de qualidade na reserva para suprir”, afirmou o zagueiro.
Rhodolfo, que já vestiu a braçadeira de capitão em muitos jogos – teve fora de apenas dois – disse que teve dificuldades para assistir ao jogo das arquibancadas na Arena Barueri. “Foi difícil. Fui vetado e esta é a melhor parte para jogar no Brasileiro”, avalia.
Por ser o paredão na frente de Neto, goleiro convocado para a Seleção, Rhodolfo começa a se destacar fora do País. Sondados por clubes de São Paulo, Itália e Portugal, o jogador, que está há 8 anos no Atlético, espera mesmo é uma chance na Seleção. “Não saiu agora, mas sigo esperançoso”, afirma.