Começa hoje a caminhada do Rexona rumo ao tão sonhado terceiro título da Superliga Nacional de vôlei feminino. A equipe enfrenta, às 16h, a equipe de Campos, apostando na mesma base do ano passado, no ginásio do Tarumã, em Curitiba.

Mas como estréia é sempre estréia, nem mesmo as mais experientes como a atacante Raquel e a meio-de-rede Walewska escondem certa ansiedade com o jogo de hoje.

“Como toda a estréia, estou prevendo uma partida nervosa, com briga muito grande por todos os pontos. Como capitã do time, vou ter de me manter o mais tranquila possível para passar serenidade ao restante do grupo”, disse Walewska.

A equipe fez ontem os últimos ajustes para o confronto desta tarde. A expectativa do grupo dirigido pelo técnico Helio Griner é contar com o apoio da sempre presente torcida para fazer uma boa apresentação e dar o primeiro passo rumo à conquista do terceiro título da Superliga.

Outra demonstração da ansiedade que toda a estréia provoca pode ser observada na atitude da normalmente tranquila atacante Sassá. Ela mora sem a família em Curitiba, resolveu “convocar? a mãe na semana anterior à estréia. Sassá trouxe dona Sônia de Barbacena (MG), para ajudar a acalmá-la.

“Mãe é mãe. A minha sabe tudo o que estou sentindo, até mesmo quando conversamos por telefone. Nosso relacionamento é superlegal e é muito importante tê-la ao lado num momento como este”, completou a atacante.

Os ingressos para o jogo de estréia poderão ser adquiridos nas bilheterias do ginásio, a partir das 9h. Os preços são R$ 4,00 para arquibancada, R$ 8,00 para cadeiras e R$ 12,00 para um lugar no camarote.

Campos joga completo hoje

Sem qualquer problema médico no grupo, o técnico do Automóvel Clube/Campos, Luizomar de Moura aponta o Rexona como favorito na estréia. “A Soninha se recuperou da luxação no ombro direito e não há mais problemas. Sobre a partida, o Rexona é um time de tradição, é bicampeão brasileiro e entra credenciado pela sua história. É uma equipe que sempre vai brigar pelo título. Nosso papel é jogar de igual para igual. Se a vitória vier, melhor. Vamos fazer um início excelente”, diz o treinador.

O principal objetivo de Luizomar, no entanto, é ver o Automóvel Clube/Campos crescer dentro da Superliga. “É uma competição muito longa e a regularidade precisa ser mantida. Precisamos tentar chegar em abril bem”, comenta Luizomar, que pelo segundo ano comanda a equipe campista. Na última temporada, a equipe foi desclassificada pelo MRV/Minas, na semifinal.

O principal destaque da equipe é a experiente meio-de-rede da seleção brasileira Karin Rodrigues.

A trajetória de um time campeão

Márcio Rodrigues

Dois títulos, um vice-campeonato, um terceiro lugar e um quarto. O Rexona/Paraná é um bom exemplo de sucesso. Desde que foi criado e começou a participar de competições lá se vão seis anos. Entra na sua 6.ª liga, assim como iniciou suas atividades, ou seja, candidato a uma vaga na semifinal.

Onde estaria o segredo do sucesso do projeto? A resposta pode estar numa combinação de fatores que vão do patrocinador ao projeto social que está por trás de todo o trabalho, passando por uma comissão técnica com fama e respaldo de vencedora.

Quando Bernardo Resende montou seu time, trouxe para Curitiba uma série de profissionais com o perfil definido: gente dedicada e obstinada pela vitória. Integraram aquele time, os mesmos que hoje fazem parte da comissão técnica: Hélio Griner e Ricardo Tabach, auxiliares técnicos; José Inácio Ferreira preparador físico, Guilherme Tenius, fisioterapeuta; além de convidar os paranaenses Edilson Thiele e Álvaro Chamecki para comandar o departamento médico. Este grupo ainda foi reforçado pelo psicólogo Gilberto Gaertner.

Foi levando ao pé da letra a obstinação que o Rexona atuou nos 131 jogos disputados ao longo da das cinco Superligas de sua história, obtendo 104 vitórias e 27 derrotas, atingindo incríveis 79,38% de aproveitamento.

No ano passado, por exigência da direção da Confederação Brasileira, Bernardo deixou de dirigir a equipe. Mas se tornou coordenador técnico, deixando em seu lugar Helio Griner. Mantendo a mesma filosofia, embora alterando um pouco a forma de trabalho, Helio manteve a trajetória do time.

Para “jogar? ao seu lado, Hélio trouxe três assistentes, Vinicius Afonso, Edgar da Gama e Giuliano Ribas, além de integrar Cristina de Freitas como nova fisioterapeuta do time. “Isso foi necessário em função das ausências do grupo que estava na seleção”, explicou Griner.

Aposta na base

Este ano, Hélio já não enfrenta a mesma ansiedade que venceu com louvor no ano passado, ao comandar a equipe pela primeira vez. Mantendo a mesma base titular, ele recebeu reforços que considera melhor preparados para ajudar o time a lutar pelo título em melhores condições que na temporada de estréia como treinador. “Três meninas vieram para lutar por uma vaga entre as titulares. A Edna, a Juliana e a Flávia que são atacantes versáteis têm melhores condições de “roubar? posições das titulares”, comentou Hélio.

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