Uma revisão independente da pontuação da luta em que o filipino Manny Pacquiao perdeu o título dos meio-médios da Organização Mundial de Boxe (OMB) confirmou a decisão que favoreceu o australiano Jeff Horn.

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Um órgão do governo das Filipinas pediu que a OMB revisasse o desempenho do árbitro e dos juízes de pontuação durante a “Batalha de Brisbane”, em 2 de julho, depois de Horn, que buscava o seu primeiro título mundial, ganhar por decisão unânime sobre Pacquiao.

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Em um comunicado, a OMB informou que três dos cinco juízes independentes que revisaram o combate deram a vitória para Horn. Um deu ao filipino e outro apontou um empate.

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O porto-riquenho Francisco Valcárcel, presidente da OMB, pediu que juízes, de diferentes países e que permaneceram anônimos, atribuíssem suas pontuações em cada assalto. O organismo explicou que as pontuações foram tabuladas para determinar qual round ganhou cada lutador, utilizando uma escala baseada em médias de 100%, 80% e 60%.

Com base nesta análise, o OMB disse que Pacquiao ganhou o terceiro, oitavo e

nona rounds a 100%. Ainda levou o quinto por 80% e o 11º por 60%. A Horn foi dado o primeiro, sexto e 12º a 100%, assim como o segundo, quarto e sétimo a 80% e o décimo a 60%. “Tendo em conta estes resultados, pode-se determinar que Pacquiao ganhou cinco rounds, enquanto Horn levou sete”, afirmou a OMB em um comunicado.

Além disso, ao combinar as pontuações dos juízes para cada round com as daqueles que efetivamente trabalharam na luta, também foi confirmada a vitória do australiano, de acordo com a OMB.

Na semana passada, o Conselho do Esporte e do Lazer das Filipinas pediu a revisão da luta, argumentando que procurava salvaguardar a integridade do boxe. Após o combate para mais de 51 mil espectadores, um juiz apontou 117 a 111 para Horn, pontuação que gerou muitas críticas, enquanto outros definiram o resultado de 115 a 113 para o australiano.

Pacquiao colocou Horn em apuros no nono assalto, o deixando cambaleante, mas sem conseguir o nocaute. O australiano reagiu na sequência para permanecer invicto em 18 lutas profissionais. O filipino tinha uma cláusula de revanche no contrato da luta. Agora crescem as especulações de que ela ocorrerá em novembro, novamente na Austrália.

“Isso me dá evidências que posso usar agora. Em vez de dizer ‘Acho que ganhei a luta’, agora um grupo de outras pessoas, profissionais, pensa que eu ganhei”, disse Horn. “É definitivamente bom que isso finalmente esteja em um papel”.